Varíola dos macacos: Belém passa a ter três unidades de referência para tratamento da doença
Fluxo de atendimento começa pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), determina Sesma
A partir desta quarta-feira, 24, Belém passa a contar com três unidades de referência para tratamento de monkeypox, a varíola dos macacos. O novo fluxo de atendimento de casos suspeitos e confirmados foi apresentado nesta manhã, em coletiva, pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém.
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De acordo com o pronunciamento do diretor da Sesma, Maurício Cezar Soares Bezerra, as pessoas com sintomas semelhantes da doença podem procurar diretamente qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS), e se for deferida a suspeita, a pessoa será encaminhada para uma das três unidades que serão referência para o atendimento da varíola, que são as Unidades de Saúde de Icoaraci, do Satélite e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Rayssa Gorbachofh, em Belém:
"Nesses locais será feita a coleta do material das lesões na pele, que precisa ser feito em vários pontos, para ser enviado aos laboratórios de análise. Enquanto a pessoa aguarda o resultado, a pessoa fica sob orientação médica das equipes que foram treinadas para prestar essea atendimento à população", detalha.
O secretário informou, ainda, que há um hospital de retaguarda, preparado para os casos que necessitem de acompanhamento médico especial, como o caso de pessoas com comorbidades e deficiência imunilógica: "Nós temos uma rede hospitalar preparada no Hospital Universitário Barros Barreto, referência no tratamento de doenças infecto contagiosas no Pará".
Cenário epidemiológico
Até o último relatório da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), compartilhado hoje, 24, Belém contava com quatro pacientes diagnosticados com monkeypox, além de oito casos suspeitos e outros quatro descartados. Na avaliação do diretor do Departamento de Ações em Saúde (Deas) da Sesma, Vitor Nina Lima, o cenário epidemiológico da capital é considerado controlado:
"Tecnicamente, o quadro é de transmissão não sustentada, com os primeiros casos identificados. Então, não estamos com uma curva que gere preocupação a nível de sobrecarga do sistema de saúde e, pelo acompanhamento que temos feito, acreditamos que isso não deva acontecer. Mas isso também depende da educação da população no cumprimento das medidas de prevenção, que ainda são uso de máscara e distanciamento".
A Sesma informa que, em todos os casos confirmados, os pacientes e seus respectivos os familiares e amigos próximos, com os quais tiveram contato, seguem em isolamento, portanto, não se considera que haja transmissão comunitária na cidade.
Além disso, a Secretaria comunicou que tem uma equipe preparada, com cerca de oito agentes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Pará (Cievs-PA), para iniciar um mapeamento de casos suspeitos. A equipe deve percorrer as ruas da cidade por meio de veículo próprio, identificado, para fazer rondas e ajudar a identificar as situações.
Vacinação terá ordem de prioridade
Ainda não há previsão de chegada de vacinas contra a varíola dos macacos em Belém, entrentanto, a Sesma garante que a vacinação não ocorrerá em larga escala, uma vez que os imunizantes serão distribuídos às cidades de modo proporcional à quantidade de casos confirmados: "Como São Paulo tem mais casos confirmados, ela deve receber mais vacinas que Belém, por exemplo", comentou o secretário da Sesma.
Além disso, a vacinação será escalonada de acordo com grupos prioritários, por isso, profissionais da área da saúde e grupos de risco devem ser imunizados primeiro.
Quais são os sintomas suspeitos de monkeypox?
O diretor da Deas, Vitor Lima, esclarece que qualquer pessoa com sintomas sugestivos de varíola dos macacos, como febre, dor de cabeça, ínguas no pescoço e lesões na pele, sobretudo se tiverem histórico de viagem, podem comparecer a qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) de Belém para análse preliminar do quadro. Em seguida, havendo necessidade, os pacientes serão encaminhados a uma das unidades de referência.
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