Trabalhadores terceirizados da saúde protestam por falta de pagamento
A manifestação interditou a avenida José Malcher, onde funciona a sede da Secretaria Municipal de Saúde, por quase uma hora
Trabalhadores terceirizados, entre eles agentes de portaria e auxiliares de serviços gerais, da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) realizaram, na tarde desta terça-feira (6), uma manifestação em frente à sede do órgão, localizada na avenida José Malcher, entre Almirante Barroso e José Bonifácio, no bairro de São Brás, em Belém. Os funcionários reivindicavam o pagamento de salários e rescisões atrasados. Entulhos foram queimados no meio da pista e, por conta disso, o trânsito no local ficou congestionado. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e apagou o fogo. O protesto teve início por volta das 16h30 e durou cerca de 1h.
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Por causa do protesto, era possível perceber a lentidão no trânsito no cruzamento da Almirante Barroso com a travessa Antônio Baena. A Guarda Municipal de Belém (GMB) esteve presente no trecho. Os agentes de portaria reivindicavam a falta de pagamento da rescisão dos 170 funcionários demitidos na virada do mês de novembro para dezembro. Já os auxiliares de serviços gerais cobram o pagamento de dois meses de salários atrasados.
Transtorno
Representante dos agentes de portaria, Keyse Vales, 32 anos, explicou que, às 15h, houve uma reunião no prédio da Sesma. Membros da direção e do setor jurídico da secretaria, assim como o responsável pela empresa terceirizada, participaram do encontro. Na ocasião, segundo Keyse, a Sesma teria se comprometido em pagar os valores atrasados.
“Foram 170 agentes de portaria demitidos do mês de novembro para dezembro. Na segunda-feira (5), recebemos a notícia de que a empresa não tinha dinheiro para pagar a nossa rescisão. Foi então que soubemos da reunião com a vice-diretora da Sesma, o dono da empresa e outras pessoas da parte jurídica. Estamos reivindicando essa questão de não recebermos os nossos direitos. Ainda mais no mês de dezembro. Se nada for resolvido, vamos voltar e fechar a José Malcher mais uma vez”, disse.
Atrasos
Para a auxiliar de serviços gerais, Flávia Amaral, 37 anos, o cenário é diferente. Ela presta serviço à Sesma e não recebe há dois meses o salário, o ticket de alimentação, o décimo terceiro e um mês que o dinheiro do vale transporte não tem retorno. “Essa manifestação hoje é para reivindicar aquilo que não recebemos, mas que deveríamos receber. Nós já trabalhamos e temos o direito de adquirir o salário e os demais auxílios. Por várias vezes, conversamos com a direção, mas nunca deu em nada. A empresa diz que a Sesma não faz o repasse do dinheiro”, contou. Segundo Flávia, para os auxiliares de serviços gerais, a secretaria deu previsão para o pagamento equivalente do mês de outubro até o dia 15 de dezembro.
A reportagem solicitou nota da Sesma e aguarda retorno.
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