Toxoplasmose: entenda os perigos da doença durante a gravidez
A doença que matou os macacos do Bosque Rodrigues Alves pode ser transmitida por mamíferos e aves, especialmente os gatos
A toxoplasmose, doença que matou ao menos oito macacos do Bosque Rodrigues Alves, em Belém, é uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma Gondii, que acomete algumas espécies de mamíferos e de aves, mais frequentemente o gato e o pombo. “O ser humano não é o hospedeiro final, mas, em contato com algum animal infectado, o protozoário pode causar dano onde se alojar, como uma lesão nos olhos ou no cérebro, e, no caso de mulheres gestantes, pode ocasionar problemas ao bebê”, explica a médica veterinária Yuka kanzaki.
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As principais causas de transmissão da doença se dão pela ingestão de carne contaminada mal cozida ou crua, seja de gado, suíno ou ave; e também de forma congênita, transmitida de mãe para filho. No caso dos macacos do jardim zoobotânico de Belém, o exame pericial atestou que os animais consumiram alimento contaminado.
No geral, a toxoplasmose não causa dano ao ser humano, mas representa sério risco ao feto se a doença for contraída pela mãe durante a gestação. Pode ocasionar aborto, parto prematuro ou danos neurológicos, deficiência intelectual, visual ou auditiva, fígado aumentado ou cabeça pequena. O exame de toxoplasmose consta no protocolo inicial do pré-natal.
Como o gato adquire toxoplasmose?
O gato é o pet mais propício a adquirir a toxoplasmose, segundo a veterinária, mas os cachorros não estão livres de também serem contaminados. Os animais domésticos pegam a doença ao ingerir carne contaminada ou a areia com fezes contaminadas.
A veterinária explica que raramente a toxoplasmose se manifesta no gato. “O gato é hospedeiro final, mas a doença não mata esse animal. Ele convive com a toxoplasmose, como os ratos com a leptospirose. Dificilmente o gato desenvolve a doença, mas ele pode transmitir”, destaca a veterinária.
Como prevenir a toxoplasmose?
A prevenção da toxoplasmose se dá com a higienização do ambiente e dos alimentos, pois o alimento contaminado é a principal forma de transmissão do parasita, conforme explica Yuka. “Os gatos são pets bem limpinhos, mas, mesmo assim, é importante fazer o acompanhamento veterinário, ministrar o vermífugo e retirar diariamente os excrementos da caixa de areia”, explica. Não precisa substituir toda a areia da caixa de gatos, todos os dias, basta remover o resíduo e ficar atento ao prazo de uso das areia, conforme orientação do fabricante.
“Também é muito importante ter cuidado com a alimentação para prevenir essa e outras doenças por vírus e verminoses. Observar onde, como e quem processa o alimento é muito importante”, alerta.
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