Surto de gripe em Belém causa alerta; entenda como se comporta a nova variante H3N2
A Sesma assegurou que o surto não tem relação com o novo coronavírus
Nas últimas semanas, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Manaus (AM), Rio Grande do Sul (RS) e Belém (PA) relataram surto do vírus H3N2. A situação era inesperada pelas autoridades, dado que o mês de dezembro não traz o momento de maior circulação da doença no país, que frequentemente tem seu ápice no inverno. Na última quarta-feira (15), a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), confirmou um surto da gripe do vírus influenza na capital.
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Conforme a Sesma, o surto vem provocando uma superlotação em salas de urgência e emergência. Diante desse cenário, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário João de Barros Barreto emitiu um alerta epidemiológico para orientar a população sobre a prevenção e a identificação de possíveis casos.
SURTO DE GRIPE NÃO TEM RELAÇÃO COM NOVO CORONAVÍRUS
A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), confirma que a cidade vive um surto de gripe, provocada pelo vírus Influenza, mas assegura que o surto não tem relação com o novo coronavírus.
Conforme a Sesma, o setor Epidemiológico acompanha a situação e tem tomado as medidas cabíveis para a contenção do surto em Belém. A Sesma comunica que as medidas adotadas à prevenção da covid-19 são eficazes também à proteção contra a gripe como uso de máscaras, higienização e distanciamento social.
De acordo com a secretaria, há vacina disponível contra a gripe nas unidades básicas de saúde da capital e nos distritos, para pessoas a partir de seis meses de vida.
SAIBA O QUE É O H3N2 E COMO SE PREVENIR, CONFORME O HOSPITAL BARROS BARRETO
A gripe é uma doença causada pelo vírus da Influenza. Os vírus da influenza são classificados como tipo a b e c e podem ocasionar a Síndrome Gripal (SG) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Entende-se por Síndrome Gripal o indivíduo com febre acompanhada de tosse ou dor de garganta com início dos sintomas nos últimos 7 dias e como Síndrome Respiratória Aguda Grave o indivíduo com febre tosse ou dor de garganta e que apresenta dispneia ou saturação de 95% ou desconforto respiratório nas últimas semanas.
O QUE É O H3N2?
O vírus H3N2 é um subtipo de influenza A. As diferenças entre eles ocorrem por mudanças nas estruturas de superfície do vírus. É o que está sendo chamado de variante Darwin. A cepa foi batizada de Darwin australiana em referência à cidade em que ela foi sequenciada.
COMO SE TRANSMITE?
A transmissão acontece da mesma forma que a gripe e resfriado comum por meio de contato direto via gotículas dispersas através da fala, tosse ou espirro da pessoa infectada.
SINAIS E SINTOMAS
Provoca sintomas gripais característicos da infecção pela influenza, porém com um quadro mais intenso e agudo, podendo apresentar: tosse, espirros, coriza, inflamação na garganta,
mal-estar, febre alta, prostração e adinamia (falta de força muscular).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito mediante suspeita clínica de Síndrome Gripal ou SRAG, a partir da análise laboratorial de amostras de secreções respiratórias para realização de RT-PCR em
laboratórios de referência.
GRUPOS DE RISCO
Os principais grupos de risco a desenvolver a forma grave da doença são: crianças até três anos de idade, idosos acima de 60 anos e pessoas com comorbidades tais como diabetes, hipertensão ou doenças imunossupressoras.
SOBRE A VACINA DA GRIPE
A campanha de vacinação contra influenza ocorre anualmente no País, com previsão para meados de março. Nas campanhas anuais promovidas pelo Ministério da Saúde são oferecidas as vacinas trivalentes, que contém duas cepas A e uma B. Já a quadrivalente contém uma cepa B adicional (duas A e duas B) e fornece uma proteção ampliada contra a gripe.
Os vírus influenza passam por várias mutações, as vacinas precisam mudar todos os anos para garantir eficácia. A vacina contra a gripe usada no Brasil já tem em sua composição a H3N2, porém não a cepa Darwin.
Mesmo assim, a vacina à disposição apresenta proteção cruzada e ajuda a reduzir hospitalizações. Desde que a variante foi encontrada, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda uma nova formulação para as vacinas contra a gripe que serão aplicadas em 2022, agora com a H3N2 Darwin.
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