Supostos pedaços da samaumeira que caiu em Nazaré são comercializados em site de vendas
Nenhum preço é estimulado no anúncio, que classificou os itens como objetos de decoração
Começou a circular em sites de vendas um anúncio de que pedaços da samaumeira que ficava nos arredores da Praça Santuário estariam disponíveis para compra. O vegetal histórico caiu no dia 16 de fevereiro no bairro de Nazaré, em Belém, e, desde então, virou artefato de disputa entre a população.
Nenhum preço foi estipulado no anúncio, mas um telefone de contato foi disponibilizado. A descrição afirma que os pedaços a venda são da árvores caída na Basílica Santuário, possuindo mais de 200 anos. A categoria em que os itens estão classificados é como objeto de decoração.
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Prática pode ser considerada crime ambiental, diz Semma
Em entrevista concedida ao Grupo Liberal no último domingo (16), o chefe da Divisão de Poda da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Francisco Júnior, ressaltou que a entidade não compactua com as tentativas de comercialização de restos de vegetais que sofreram queda ou morte em Belém. Além disso, a prática é vedada pela legislação ambiental, passível de processo administrativo e criminal.
“A arborização é um bem público e, por isso, não pode ser comercializada. Nessa situação da outra samaumeira, houve pessoas que se aproveitaram para comercializar restos da árvore em função do apelo religioso, por se tratar de uma vegetal da Praça Santuário. Então, nós reforçamos às pessoas que não comprem esse tipo de material”, destacou.
A reportagem do Grupo Liberal entrou em contato com a Polícia Civil (PC) para saber detalhes sobre o assunto e, até o fechamento desta edição, não recebeu retorno.
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