Soltura de araras marca programação sobre biodiversidade no Bosque Rodrigues Alves, em Belém
Neste domingo (27), visitantes interagiram com animais silvestres e plantaram mudas de árvores

Após forte chuva na manhã deste domingo (27), o Bosque Rodrigues Alves, em Belém, foi palco de um momento emocionante: a soltura de duas araras das espécies canindé e macau, que, após serem resgatadas e cuidadas, estão livres para viver no ambiente natural do Bosque. A atividade fez parte de uma programação especial promovida pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), em celebração a datas ambientais e culturais de abril, como o Dia da Conservação do Solo, o Dia Nacional da Botânica, o Dia dos Povos Indígenas e o Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído. Além da soltura, o público participou de ações de educação ambiental, como o plantio de árvores e interação com animais silvestres.
A programação teve início no sábado (26) e seguiu até o meio-dia de domingo (27). O Bosque Rodrigues Alves permanece aberto para visitação até às 16h, oferecendo diversas atividades, como exposições de animais vivos e taxidermizados, oficinas educativas para crianças, doação de mudas e plantio simbólico. Além disso, a programação contou com apresentações culturais, incluindo a fala de indígenas, danças tradicionais e a exposição das sementes da Amazônia.
Dentre os destaques, estão as duas novas integrantes da fauna do Bosque: a arara-canindé (Ara ararauna) e uma arara-macau (Ara macao), que foram resgatadas no município de Terra Alta, passaram por um período de adaptação e cuidados, e agora se integram gradualmente ao ambiente local. Elas foram apreendidas pelo Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar e encaminhadas ao Parque Zoobotânico.
Os visitantes também puderam interagir com cobras das espécies jiboia arco-íris (Epicrates cenchria) e jiboia comum (Boa constrictor), sob a orientação de biólogos, e aproveitar as exposições e oficinas educativas, que destacaram a importância da preservação da fauna e flora locais.
Araras se adaptam ao novo espaço
A diretora do Departamento de Gestão de Áreas Especiais, responsável pela gestão do Bosque Rodrigues Alves, Ellen Eguchi, explicou como as duas araras chegaram ao local. "Como a gente percebeu que elas não tinham a condição biológica de soltura, resolvemos dar a segunda chance no semi-cativo, que nada mais é do que uma soltura só que em um local controlado. Aqui temos 16 hectares de mata da floresta amazônica em que elas vão estar super adaptadas", comenta. Ela destaca, ainda, que a equipe realiza uma série de exames para monitorar o bem-estar das aves.
A diretora também explica que o Bosque Rodrigues Alves serve como um local seguro para animais que chegam por apreensão ou doações voluntárias. "É um local seguro de destinação, onde vai ter comida, água limpa e assistência veterinária", afirma. Ela também ressalta que, após uma análise do sexo das aves, o público será convidado a escolher os nomes das araras por meio de uma votação, promovendo ainda mais a interação entre o Bosque e a comunidade.
Visitantes destacam o encantamento com os animais e o espaço verde
Ilayna Machado, de 33 anos, funcionária de um supermercado em Belém, trouxe o filho para participar do plantio de uma árvore pracaxi (Pentaclethra macroloba). Ao avaliar a importância de dar esse momento ao pequeno, ela destacou a relevância do contato com a natureza e o impacto do plantio. Além disso, Ilayna reforçou que o aprendizado sobre o meio ambiente é fundamental: "Contribui com o conhecimento dele e ajuda a respeitar a natureza e ter cuidado com o meio ambiente", diz.
Já a estudante Michele Costa, de 23 anos, é visitante de primeira viagem no Bosque Rodrigues Alves e expressa o encantamento com a experiência. "Eu achei fantástico! Encontrei um pessoal falando sobre algumas plantas da Amazônia, aí tinha uns bichinhos também muito interessantes", diz. Michele também destaca a importância de espaços como o Bosque, especialmente em áreas urbanas: "Encontrar, no meio de Belém, um lugar tão verde assim, cheio de animais, é muito importante! Além de preservar esses espaços para as futuras gerações", reflete.
A estudante Maria Eduarda Mendes, de 10 anos, também compartilha sobre a visita ao espaço neste domingo chuvoso. "Foi um chuvarão, mas está bom! Eu amo os animais, eles são bem fofos, eu gosto da natureza", diz a jovem, encantada com a programação.
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