Sermão recorda a retirada de Jesus Cristo da Cruz
Após a cerimônia, imagem do Senhor Morto foi conduzida em procissão pelas ruas da Cidade Velha
A programação da Semana Santa da Arquidiocese de Belém deste ano também contou com a celebração da 5ª edição do Sermão do Descendimento da Cruz, momento que recorda a retirada de Jesus Cristo da Cruz. A celebração foi realizada após a Liturgia da Paixão do Senhor, também na Catedral Metropolitana. Esse ano o sermão foi proferido pelo Padre André Luiz Maia Teles, co-pároco na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus no bairro do Jurunas. Instituído em 2016, por Dom Alberto Taveira, a cerimônia não foi realizada em 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19.
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O Pe. André Luiz Maia Teles pontua que o Sermão do Descendimento da Cruz é um dos três sermões oficiais da Arquidiocese que aborda aspectos teológicos e biográficos dos últimos passos da vida de Jesus. "Esse sermão é para nós o descendimento por partes, ou seja, quando é deposto, por exemplo, a coroa de espinhos, os cravos, braço direito, o braço esquerdo, o letreiro motivo da condenação de Jesus. Cada tópico desse é recordado durante o sermão e atualizado para a nossa realidade, tanto do ponto de vista espiritual como do ponto de vista litúrgico", explica.
Na avaliação do pároco, a retomada da celebração é fundamental para compreensão das dificuldades vividas por Cristo, assim como pelos cristãos atualmente. "Toda Igreja está vivendo uma expectativa de retorno pelo próprio fato de que passamos dois anos em uma pandemia, fazendo as nossas celebrações do ponto de vista interno, sem poder celebrar com o povo, os ritos e assim por diante. Então, primeiramente vivemos a alegria do retorno. de ver os nossos fiéis participando das procissões e celebrações. Por outro lado, a Semana Santa também nos ajuda a refletir como devemos viver hoje as mazelas do sofrimento humano, olhar a figura de Jesus e como Ele suportou esse sofrimento espontaneamente nos ajuda a pensar que somos capazes também", ressalta o pregador.
Procissão do Senhor Morto
Após o sermão, a imagem do Senhor Morto foi retirada da Cruz e conduzida para fora da Catedral, seguindo em procissão pelas ruas da Cidade Velha, acompanhado da Imagem de Nossa Senhora das Dores. A procissão seguiu até a Igreja de São João Batista, onde a Imagem de Nossa Senhora das Dores foi entregue.
"Ao olhar a imagem do Cristo morto em procissão por nossas ruas nos faz lembrar daquele Jesus que um dia viveu a experiência da morte para que depois possamos vê-lo na ressurreição", afirma o Pe. André Luiz Maia Teles.
A devota Ilda Bastos chegou cedo a Igreja da Sé para acompanhar a programação litúrgica desde o começo. Com propósito de renovar os votos de fé durante as celebrações da Sexta-feira Santa, a religiosa também participou da procissão para agradecer pela saúde de toda família. "Carrego muita gratidão no coração por todas as graças alcançadas por intermédio de Jesus Cristo. Estamos vivendo momentos tão difíceis, de tantas perdas, e poder viver esse momento de fé outra vez após dois longos anos é muito gratificante. O meu desejo é de muita saúde e prosperidade para todos nós", declara.
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