Reconstituição da chegada dos fundadores da Assembleia de Deus a Belém reúne multidão
A expectativa da igreja era que o evento reunisse 30 mil pessoas neste sábado
A reconstituição da chegada a Belém dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, fundadores da Assembleia de Deus, atraiu centenas de pessoas à Escadinha do Porto, na Estação das Docas, na manhã deste sábado (15/06). Os participantes usaram trajes de época do século XX para celebrar os 113 anos da criação da igreja. O cortejo começou por volta das 9h e seguiu para a Avenida Presidente Vargas, finalizando no monumento em alusão ao centenário da ‘Igreja Mãe’, que fica na Praça da República.
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Para relembrar a data histórica de 18 de junho de 1911, quando Gunnar Vingren e Daniel Berg iniciaram a trajetória evangelística no Pará, foi montado um percurso representando os grandes feitos dos missionários e acontecimentos da igreja. Na programação ainda teve apresentação de um coral e um momento de oração na Av. Presidente Vargas. Para o pastor Philipe Câmara, que está a frente do Templo Central da Assembleia de Deus em Belém, esse é um momento de celebrar o legado deixado pelos missionários.
“Nossa igreja é centenária e anda de mãos dadas com sua história. Um povo sem história é um povo sem identidade. Também olhamos para frente e acreditamos nas novas gerações. Um dos segredos dessa igreja foi o que o Espírito de Deus fez aqui com dois homens que vieram de outro país, com uma cultura completamente antagônica à nossa. E daqui Deus fez nascer a maior igreja pentecostal do planeta. É importante a gente transferir, ensinar e anunciar o que aqui aconteceu. O que enche os nossos corações de alegria é ver as crianças e jovens conhecendo como nasceu essa igreja. Essa é a importância de um futuro cheio de bênçãos e esperança”, declara o pastor.
Ao lado do marido, durante o evento, a pastora Luana Câmara ressalta a emoção de refazer a trajetória representativa que une a capital paraense e a igreja centenária. “Nós movimentamos a cultura paraense e de Belém. E a Assembleia de Deus faz parte dessa história. Que a cada dia mais a gente possa refletir nesse acontecimento e passar isso para o povo abençoado e caloroso, o paraense”, afirma.
A organização para o evento durou mais de quatro meses. Além disso, ao menos 600 pessoas estiveram envolvidas em toda a preparação das etapas de representação teatral, música, segurança, mídia e evolução até o momento final da reconstituição.
Importância
Gunnar Vingren e Daniel Berg desembarcaram em Belém no dia 19 de novembro de 1910. Dias depois iniciaram as primeiras reuniões pentecostais. Depois de muitos encontros, fundaram a Missão da Fé Apostólica, que sete anos depois foi registrada como Assembleia de Deus. Thiago Costa e João Costa, que interpretaram os missionários durante a programação teatral, contam detalhes da preparação.
“Nós soubemos do nosso papel há uma semana. Então foi muita preparação, seja de figurino, ensaios e gestos. Nossa representação não possui muitas falas, é mais visual, o que acaba sendo mais complicado do ponto de vista físico. E tem a dificuldade do local, a roupa no calor, a mala de madeira, o que torna tudo um pouco desafiador, mas, ao mesmo tempo, muito gratificante”, diz Thiago Costa, que interpretou Gunnar Vingren.
Para João Costa, que fez Daniel Berg, ser escolhido para a interpretação é motivo de felicidade. “É uma honra incrível representar personagens, pessoas reais, que viveram isso. É incrível, é impressionante. Temos uma responsabilidade enorme, mas nós aceitamos e como vocês viram a história é linda e significativa. Como não é uma história fictícia, isso que torna todo o evento ainda mais importante”, conta.
Na noite de sábado, no Templo Central, ocorreu um culto de celebração que finalizou as comemorações do aniversário de 113 anos da igreja.
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