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Projeto Pai Canguru reforça laços de amor entre pais e filhos recém-nascidos prematuramente

Voltado para recém-nascidos prematuros que, tecnicamente, ainda deveriam estar dentro do ventre de suas mães, o método canguru tem como objetivo possibilitar o contato pele a pele do pai com o bebê

Fabyo Cruz
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O segundo domingo de agosto será inesquecível para Cássio Alves, 25 anos. Ele pôde sentir bem de perto, na quinta-feira (5), o filho recém-nascido, Davi Luiz. Eles foram inseridos no Projeto Pai Canguru, realizado na semana do Dia dos Pais, no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Icoaraci, distrito de Belém. É uma vertente diferente do projeto Canguru, que costuma ser feito com as mães.

Voltado para recém-nascidos prematuros que, tecnicamente, ainda deveriam estar dentro do ventre das mães, o método canguru tem como objetivo possibilitar o contato pele a pele do pai com o bebê. A aproximação é fundamental para o desenvolvimento neurológico e ganho de peso dos filhos, afirma a enfermeira Talita Moraes.  

 

A especialista explicou que os bebês com até 2,5 quilos podem ser inseridos no projeto. O método trata-se de uma faixa, confeccionada pelo próprio hospital, colocada sob o corpo dos pais, semelhante a uma pequena rede de embalo, que aproxima a criança do "canguru" genitor.  “A técnica possibilita que o bebê possa se sentir confortável ainda mesmo fora da barriga da sua mãe. O método é a forma na qual mais conseguimos aproximar os filhos dos seus pais”, disse a enfermeira.

Para Cássio Alves, ter o filho tão perto é o melhor presente do Dia do Pais que ele poderia ganhar, sobretudo, por ter perdido o avô de Davi, em janeiro deste ano. “Não consigo descrever o que estou sentindo agora. É algo único, muito emocionalmente ver o meu filho tão perto de mim. No começo do ano, meu pai faleceu e essa perda mexeu bastante comigo. Agora fui compensado por Deus com esse presente que é o Davi”, contou o pai do menino, que nasceu na última quarta-feira (4).

Elton Torres, de 29 anos, não foi incluído no Projeto Pai Canguru porque o filho, Marvin Bento, nasceu com o peso adequado. No entanto, por ser um pai presente no hospital, conseguiu ter contato com a criança sem o método canguru. “Estou há 12 anos com a minha esposa, então ter um filho é algo muito especial pra gente. Não pude carregá-lo no colo quando ele nasceu, então estou bastante feliz por tê-lo perto de mim agora. Agora é só aguardar a volta dele pra casa”, contou.

image Método possibilita o contato pele a pele do pai com o bebê, ato fundamental para o desenvolvimento neurológico e ganho de peso dos pequenos (Sidney Oliveira / O Liberal)

O diretor executivo do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, Marcos Silveira, explicou que, a partir de março deste ano, o HRAS passou por uma reformulação de toda área materno-infantil, desde o atendimento pediátrico até o obstétrico. Entre maio e junho, a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru (Ucinca) possibilitou, via método canguru, que as mães tivessem contato com os seus bebês prematuros nascidos no hospital. Pela primeira vez, cinco leitos foram destinados exclusivamente para os papais na Ucinca.

A equipe de enfermeiros afirma que sempre é uma emoção diferente ao ver os filhos próximos dos pais, pois é comprovado que bebês acompanhados pelos pais possuem altas médicas mais rápidas, ou seja, eles podem retornar com menos tempo para suas famílias. Aos pais, é uma experiência diferente de como viver os primeiros momentos da paternidade.

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