Lixo e acessórios deixados pelas escolas de samba são recolhidos da avenida Pedro Miranda

Carros alegóricos abandonados na avenida Pedro Miranda foram logo retirados do local

Dilson Pimentel
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Como sempre ocorre após a apresentação das escolas de samba, carros alegóricos foram deixados, no domingo (25), na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, em Belém. Mas, desta vez, e ao contrário do geralmente costumava ocorrer, o material foi logo recolhido. E, na manhã desta segunda-feira (26), não havia mais esses carros na Pedro Miranda. E os garis da prefeitura faziam a limpeza da avenida.

Neste fim de semana houve a apresentação, na Aldeia Cabana de Cultura Amazônica David Miguel, dos blocos carnavalescos e escolas de sambas Terceiro Grupo. Esse desfile começou na sexta-feira e terminou no domingo (25). A Prefeitura de Belém informou que mais de 50 agentes de limpeza estavam, por dia, realizando o trabalho de limpeza na avenida após a passagem das escolas. Ao final do corredor do samba, os integrantes das escolas e blocos que desejam descartar a fantasia utilizada durante o desfile contaram com um contêiner, disponibilizado pela Prefeitura de Belém, específico para adereços do carnaval.

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O marceneiro Victor Fábio Moreira, 68, é morador da avenida Pedro Miranda há mais de 30 anos e diz que percebeu a agilidade da limpeza das ruas nas proximidades da Aldeia Cabana, pois na manhã desta segunda-feira (26), ele viu a presença de garis trabalhando. 

"A gente espera que seja assim sempre, pois estávamos com uma situação crítica de entulho alí no outro lado da rua. Esperamos que esse compromisso não seja apenas por causa do carnaval”, explica o morador.

O barbeiro Luiz Favacho, 86, também é morador antigo da avenida Pedro Miranda. Sobre a questão da limpeza de sua rua ele conta que nesse período de carnaval a prefeitura agiu de forma eficiente, pois o lixo da localidade foi recolhido com agilidade. “Cedo da manhã os garis estavam trabalhando na limpeza. Ainda bem porque como teve essa programação de carnaval a via aqui ficou suja, mas o trabalho de limpeza funcionou. A gente espera aque seja assim sempre”, pontua o morador.

Um novo projeto da entidade Escolas de Samba Associadas (ESA) de Belém, que congrega as escolas do grupo especial, em parceria com a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado, pretende transformar o carnaval da capital paraense no primeiro desfile das escolas de samba sustentável do mundo. O projeto Carnaval Sustentável pretende criar uma grande rede em que as agremiações carnavalescas utilizem materiais recicláveis e substituam cada vez mais as matérias primas de alegorias e fantasias por produtos reutilizados ou menos poluentes.

A ideia surgiu pelo presidente da ESA, Fernando Guga, que pretende estabelecer para Belém um novo perfil com diferencial para o carnaval. As escolas do grupo especial vão desfilar no próximo fim de semana - sexta e sábado. “A gente quer estender todas essas ações para o carnaval de Belém todo, para as outras ligas, dos blocos, do grupo de acesso. E já tivemos avanços significativos”, disse. “Em tempo recorde, logo após o desfile que aconteceu sábado e domingo agora, a gente já estava recolhendo (o material deixado pelas agremiações). No carnaval da ESA, do grupo especial, a gente já está numa conversa bem avançada com a CDP, com a Prefeitura de Belém, no sentido de ter um galpão para guardar as alegorias o ano todo. Além de tirar essas alegorias do meio da rua, vai haver um desperdício mínimo de material, que todos poderão ser reutilizados no ano que vem, em especial essa parte mais perecível aí de alegoria e fantasia”, afirmou.

Guga acrescentou: “Isso tudo ficando guardado, a gente tem plenas condições de reutilizar no ano seguinte. Além da parte estrutural mesmo, de ferro, que aí não vai enferrujar, na parte do chassi... Então as perdas vão ser mínimas. A gente está caminhando a passos largos aí para que a gente consiga armazenar esse material todo, pensando já no carnaval de 2025, que é o carnaval da COP, onde a gente já pretende estar com 100 % das ações que a gente está prevendo já implementadas, afirmou.

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