Pratos típicos da quadra junina estão 10% mais caros este ano
Entre os produtos de época que subiram de preço, o pudim de cupuaçu lidera com reajuste de 22,08%
Um estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) mostrou que os principais pratos típicos vendidos em Belém estão, em média, 10% mais caros que o mesmo período do ano passado, reajuste superior à inflação dos últimos doze meses, estimada em 4,5%. A maior alta foi no preço dos doces, como o pudim de cupuaçu (22,08%).
Também ficaram mais caros o bolo de chocolate (16,80%), bolo de tapioca (14,99%) e bolo de macaxeira (9,45%). Segundo o supervisor técnico do Dieese, o economista Roberto Sena, esses reajustes ocorreram por conta da alta nos preços dos ingredientes utilizados nos pratos.
Outras comidas que ficaram mais caras no mês de junho, segundo o órgão, foram a maniçoba (9,93%), o mingau de milho e de tapioca (7,41%), caruru (5,13%), vatapá (4,14%) e tacacá (2,93%). Nos supermercados e shopping centers de Belém, o prato do vatapá está sendo vendido a R$ 15,10, enquanto o caruru custa, em média, R$ 15,38, os dois podendo chegar até R$ 17. Já o prato de maniçoba e a cuia do tacacá estão custando, em média, R$ 16,38 e R$ 14,75, respectivamente.
Em um supermercado de Belém, a reportagem encontrou bolos e pudins a R$ 6, a cocada por R$ 5, os mingaus a R$ 4, o tacacá por R$ 14, e a maniçoba, o vatapá e o caruru custavam R$ 13,50.
O gerente do estabelecimento, Reginaldo Melo, disse que os preços continuam os mesmos no local. Segundo ele, o movimento de vendas, geralmente, ocorre no início do mês. “Já começamos a vender e deve seguir dessa forma até o dia 18 deste mês. A gente não aumentou os preços em relação ao ano passado, então não vai ter impacto no movimento dos consumidores”, contou. Melo ainda disse que os itens mais procurados pelos clientes são o mingau de milho e o bolo de macaxeira, os “carros-chefes” da banca.
Uma das consumidoras no local, a veterinária Camila Lima disse que não tem o costume de comprar no estabelecimento, e achou os preços um pouco mais altos que outros locais pesquisados por ela. “Nunca tinha comprado aqui, então não conhecia os valores. Achei mais altos que em outros supermercados, pelo menos as comidas que eu gosto, que são os bolos. Mas, em relação ao ano passado, não senti alta, continuou a mesma coisa para mim”, comentou.
Já a atriz Sueli Cruz, que só compra mingau de milho, disse que o preço é o mesmo em todos os lugares que já foi neste mês. “Sempre a mesma coisa, inclusive no ano passado. Acho que nenhum lojista aumentou os preços até agora”.
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