População de Belém será multada ao ser flagrada jogando lixo nas ruas; entenda

Nos próximos dez dias, a Prefeitura de Belém vai instalar mil lixeiras por toda a cidade. Muitos desses equipamentos serão implantados nas praças. E, durante seis meses, a prefeitura fará uma campanha de educação ambiental. E, após esse prazo, a prefeitura começará a multar quem fizer o descarte irregular do lixo. Essas informações foram dadas, nesta quarta-feira (15), pelo prefeito Igor Normando. Pela manhã, e ao lado do vice-prefeito, Cássio Andrade, ele acompanhou a instalação de 50 desses equipamentos na praça da República. Outras 150 já foram colocadas no Portal da Amazônia, bairro do Jurunas, em Belém.

“A ideia é que todos os meses a gente faça um novo aporte de construção de lixeiras na cidade para garantir que as pessoas tenham onde jogar o lixo. Esse é papel de todos. Não é só da prefeitura”, disse. Ele afirmou que a prefeitura instala as lixeiras, mas a população também precisa fazer a sua parte jogando lixo no lugar correto.

O prefeito disse que as lixeiras serão instaladas em lugares estratégicos, com grande fluxo de pessoas. “As praças serão prioridade porque o fluxo de pessoas circulando é muito grande. E, paralelo a isso, também em grandes aglomerados, onde tiver a circulação grande de pessoas”, disse.

Igor disse que o município já começou uma campanha de educação ambiental. “Vamos acelerar essa campanha para que as pessoas tenham a consciência de que cuidar da cidade é cuidar da sua casa, jogar lixo no lugar correto. Fazer com que as pessoas compreendam que também tem responsabilidade”, disse.

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Prefeito Igor Normando (ao lado do seu vice Cássio Andrade): "a Prefeitura instala as lixeiras, mas a população também precisa fazer a sua parte jogando lixo no lugar correto" (Foto: Igor Mota/O Liberal)

"Vamos começar multar quem jogar lixo no lugar errado”, diz prefeito

Ele afirmou que a prefeitura tem a obrigação de instalar as lixeiras e fazer o recolhimento do lixo, e que a população tem que ter a responsabilidade de fazer o descarte no lugar correto. Essa campanha irá durar seis meses. E, após esse prazo, o município irá multar quem fizer o descarte irregular desse lixo. “Vamos começar a multar quem jogar lixo em lugar errado”, disse. É comum as pessoas colocarem nessas lixeiras animais mortos, por exemplo.

Por isso ele destacou a importância dessa conscientização. “Nós estamos fazendo uma grande campanha de conscientização. A população precisa compreender o papel das lixeiras, fazer o papel do descarte correto, o papel da educação ambiental e cuidar da casa. Eu acredito muito que cuidar da cidade é cuidar da casa que a gente vive. Nós não podemos achar que se a gente tem uma casa limpa e a cidade é uma cidade suja. A gente precisa ter a nossa casa limpa e a cidade também tem que estar limpa e todo mundo tem que fazer a sua parte. Nós temos que fazer a nossa parte e a população tem que fazer a sua”, disse.

Câmeras nos pontos críticos de descarte irregular de lixo

Após os seis meses de campanha, a prefeitura vai começar a instalar as câmeras nos lugares onde ocorre o descarte de forma mais irregular. “Também vamos ter os agentes da Guarda Municipal fazendo também a fiscalização e multando aqueles que joguem lixo em lugares irregulares”, afirmou. A ambulante Suely Brito Ferreira, 57, trabalha há 40 anos na praça da República e destacou essa ação da prefeitura. “Isso é muito bom. Faltava muita lixeira nessa praça. O pessoal jogava lixo no chão, principalmente aos domingos”, disse. Suely contou que já aconteceu de, andando pela cidade, não ter onde descartar o lixo do produto que consumiu.

“Às vezes, eu trago o lixo para jogar aqui no meu lixo (do local onde ela trabalha)”, contou. “O pessoal fica reclamando que não tem onde botar o lixo. “A prefeitura faz a parte dela, mas o povo também tem que fazer a sua parte. Tem que ser educado para jogar onde tem lixeira”, completou.

O também ambulante Sérgio Maciel Moreira, 45 anos, disse que trabalha com vendas e que, às vezes, o cliente não tem onde descartar a mercadoria. “Ele não tem onde jogar e isso, às vezes, acaba indo para os bueiros, entupindo tudo”, disse. Sérgio contou que, há poucos dias, uma cliente comprou doces que ele vende. “Quando acabou de comer, ela não tinha onde jogar. Eu tive que botar no bolso até achar uma lixeira para descartar corretamente, para não jogar na rua. Às vezes, a gente procura uma lixeira, mas não encontra”, disse.