PF faz nova paralisação por reestruturação salarial no Pará; reivindicação ocorre em todo o país

507 servidores de todas as associações juntamente com a PF, compõem a mobilização

Even Oliveira | Especial para O Liberal
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Na manhã desta quinta-feira (16), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) convocou uma paralisação das atividades em todo o Brasil. No Pará, na sede da Polícia Federal (PF) em Belém, pela primeira vez, a mobilização contou com a junção de outras associações. De acordo com a Presidente do Sindicato Policial Federal no Estado do Pará (SINPF/PA), Cleisi Ferreira, são 507 servidores, em média, que trabalham em todos os órgãos citados, compondo a mobilização. A paralisação visa reivindicar reajuste salarial e destacar a falta de avanços nas definições de cargos vigentes.

As associações que compõem a mobilização, além da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), são: Sindicato Policial Federal no Estado do Pará (SINPF/PA), Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (INPECPF) e Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol/PA).

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Representantes dos órgãos Sindicato Policial Federal no Estado do Pará (SINPF/PA), Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol/PA) e Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) estiveram disponíveis, na manhã desta quinta-feira (16), na sede da PF em Belém, para esclarecer dúvidas para a imprensa.

De acordo com a presidente do SINPF/PA, Cleisi Ferreira, todas instituições se juntaram e estabeleceram um cronograma de atuação. “Dia 26 realizamos uma paralisação lá fora, com faixas, banners e cartazes, chamando, novamente, a atenção do governo para essa questão que, não é só pretensão salarial”, relembra.

“Queremos muito mais que isso. Não temos em definição nossas carreiras definidas, por exemplo, o que cada um cumpre dentro da Polícia Federal”, conta. 

A diretora regional da ADPF do Pará, Milena Ramos, diz que a espera por uma resposta não é um pedido apenas da polícia, mas também do Ministério da Justiça. “E estamos aguardando a decisão do MGI [Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos], onde o processo, atualmente, se encontra parado”, afirma.

De acordo com a diretora, todos estão trabalhando tendo a possibilidade de avançar com o movimento para que, de fato, a Polícia Federal possa ser ouvida e valorizada. “Uma polícia que é valorizada tende a ter uma sociedade guardada e protegida. Precisamos da valorização da reestruturação e do apoio necessário para que a gente possa desempenhar o nosso papel com maestria”, avalia.

André Epifânio, delegado do Sindpol/PA, afirma que o objetivo da reivindicação é fortalecer a PF com uma discussão república. “Essa reestruturação não é só salarial. É uma distorção que vem desde 1996, que não se deu um retorno salarial tão digno. A reestruturação também busca estruturas em termos de atribuições, para que não tenhamos no futuro ações perdidas em razão de falta de atribuição”, diz.

O delegado assegura que as atividades essenciais continuarão funcionando, como o plantão e a emissão de passaportes. “A gente não pode negar esse direito de locomoção. Estamos em assembleia, neste dia de hoje, discutindo todas as formas de como vamos agir daqui para a frente se não formos atendidos”, complementa. 

Para o perito criminal federal e diretor regional da APCF, Stoessel Sadalha, é de suma importância ressaltar a união de todas as classes da Polícia Federal para que o resultado da ação seja efetivo. “O dia de hoje marca a assembleia geral para que a gente possa discutir que passos vamos dar no sentido de buscar a valorização dentro do governo”, fala.

O diretor da APCF continua dizendo que servidores desvalorizados comprometem todo o sistema. “Qualquer profissional que não se sente valorizado acaba ficando um pouco desmotivado. Mas esse não é o caso ainda. Nós buscamos uma motivação interna, tanto que os números e os índices alcançados pela polícia continuam dos mais altos. No entanto, com o passar do tempo, se continuar ocorrendo essa desvalorização, a tendência é que diminua. Não queremos que isso aconteça”, pondera.

De acordo com o delegado do Sindpol, a paralisação deve se estender até uma negociação nacional. Mais informações serão divulgadas hoje, às 18h, nos canais da PF.

Outro ato está programado para acontecer ainda no mês de novembro, com a participação de todas as unidades da Polícia Federal (PF) do país, em Brasília, mas sem data definida.

Em nota, a Polícia Federal informou que o estado de mobilização dos servidores afeta o andamento das atividades do órgão, "gerando atrasos e eventuais adiamentos nos serviços em diversos pontos do país, em que pese a manutenção das atividades essenciais". 

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