Pessoas enfrentam ansiedade e medo de injeção para serem vacinadas em Belém

Algumas delas enfrentaram a ansiedade e o medo da agulha para serem imunizadas e protegerem não apenas a si mesmas, mas seus amigos e familiares.

Fabyo Cruz / O Liberal
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As pessoas nascidas em 1993 e 1994 estão sendo vacinadas contra a covid-19 nesta quinta-feira (29), em Belém. Algumas delas enfrentaram a ansiedade e o medo da agulha para serem vacinadas e protegerem não apenas a si mesmas, mas seus amigos e familiares. No estádio olímpico Guilherme Paraense, o “Mangueirinho”, Beatriz dos Santos e Carlos Júnior, ambos com 28 anos, estiveram cedo no posto de vacinação para não perderem a chamada.

Beatriz afirmou que ficou bastante feliz ao descobrir que o tão aguardado dia da vacinação estava próximo. Ele disse que já perdeu um familiar para a doença e a maior parte dos seus parentes ainda não recebeu a primeira dose do imunizante. Por conta desses fatores, a ansiedade era grande, diz a jovem, porém, ela ressalta que a saúde deve ser vista como uma prioridade.

“Eu estava contando os dias para chegar a minha vez. Minha família nem pensou em viajar neste ano, a maioria deles ainda não foi vacinado, inclusive perdemos um parente para covid. Fiquei bastante feliz, mas, ao mesmo tempo, muito ansiosa”, disse Beatriz. A jovem fez um chamado àqueles que pretendem ser imunizados após as férias escolares. “Para as coisas voltarem ao normal todos precisam ser vacinados, só assim teremos uma tranquilidade. A prioridade é a vida!”, aconselhou.

Superando o medo de agulha

Diferente de Beatriz, Carlos Júnior foi ao posto de vacinação acompanhado da chefe do trabalho. Para que o jovem fosse vacinado, a patroa precisou levar uma cadeira de praia para ele sentar. O rapaz apresentou bastante agonia ao perceber que sua vez na fila estava cada vez mais próxima. Tremendo de medo, ele foi atendido com mais atenção pelas técnicas de enfermagem que estavam vacinando no local.

Após um pouco de resistência provocada pelo medo de injeção, Carlos ficou um pouco mais tranquilo. Ele disse que sempre teve pavor de agulhas, mas que sabia o quanto a aplicação da vacina contra a covid-19 era necessária. O jovem tem duas filhas, e no momento da vacinação, disse que se lembrou delas, pois sabia que estaria protegendo também seus parentes com a aplicação da vacina.

“Sempre tive medo de agulhas, pois sinto um pânico na hora. Apesar de tudo estou feliz por ter chegado o meu dia, precisei enfrentar esse pavor de injeções não só por mim, mas pelas minhas filhas. Espero que as pessoas que ainda não foram imunizadas não deixem a vacinação em segundo plano. Às que já foram, continuem tomando cuidado. Logo esse mal vai acabar”, afirmou.

A técnica de enfermagem Gabriele Inglis explicou que há técnicas a serem feitas em casos de pessoas que apresentam fobia a injeções na hora da vacinação. “Nós perguntamos se eles estão se sentindo confortáveis, se estão com tontura ou não, oferecemos cadeira e conversamos com essas pessoas. Às vezes passamos álcool ou até seguramos a mão deles”, explicou.

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