Pesquisa avalia os impactos da covid-19 no transporte hidroviário no Pará

Questionário lançado pela UFPA vai embasar estudo que deve analisar o impacto da pandemia entre as populações que dependem desse tipo de transporte

Gabriel Pires
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No Pará, o transporte por meio hidroviário é uma realidade diária para quem precisa se deslocar entre as regiões ribeirinhas do estado. Para identificar os principais impactos causados pela pandemia de covid-19 no setor marítimo, o Núcleo de Mobilidade Territorial e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia​ da Universidade Federal do Pará (UFPA) está desenvolvendo uma pesquisa para avaliar as principais mudanças no cotidiano de usuários que utilizam essa alternativa. Os interessados podem responder aos questionamentos por meio de formulário online. O resultado ajudará a compor um banco de dados para estudos posteriores. 

Além do questionário online, a pesquisa também está disponível ao público diretamente no Terminal Hidroviário de Belém, no bairro da Campina. Outro ponto para acesso da pesquisa é no Porto da Balsa de Icoaraci, na área do ferry boat. A abordagem é feita pelos alunos da UFPA no momento do embarque dos viajantes, que disponibilizarão o questionário por meio das redes sociais e farão breve entrevista.

As pesquisas online seguem até o dia 31 de julho. Já as pesquisas presenciais terão início no ferry boat, no dia 10 de julho, seguindo com o Terminal Hidroviário de Belém, no dia 11 de julho. O atendimento será diário. A pretensão é atingir cerca de mil respostas no questionário.

As fragilidades no serviço hidroviário durante a pandemia motivaram o início do projeto de análise, que busca investigar o impacto entre as populações ribeirinhas, conforme explica a professora doutora Maisa Tobias, coordenadora do Núcleo de Mobilidade Territorial e Desenvolvimento da Amazônia.

“É papel da universidade estudar os problemas da sociedade, evidenciar, sistematizar, comunicar e também propor soluções. Na medida em que esse sistema foi altamente impactado, é importante a gente descobrir, evidenciar esse nível de impacto, fazer a modelagem dessa situação através de estudos de demanda para poder explicar essa mudança”, destacou Maisa Tobias.

A professora disse que, na prática, houve uma alteração da própria demanda dessa população, tentando se acomodar a essa realidade durante o contexto pandêmico. "Agora, estamos vivendo com alguns lugares apresentando uma significativa diferença das estratégias de viagens envolvidas pelas pessoas, também ainda sofrendo muito da insuficiência do serviço diante das suas necessidades”, completou.

A iniciativa surgiu juntamente da participação dos alunos da universidade, a partir do Programa de Iniciação Científica, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex). Ao todo são 10 pessoas envolvidas no estudo.

“Esses resultados podem impactar em políticas públicas, em estudos e, também, do ponto de vista empresarial, subsidiando para apresentar soluções. Dessa forma, contribui para a sociedade como um todo”, explicou Maisa.

A pesquisadora reforçou que é fundamental estudar a dinâmica do transporte hidroviário em uma região como a Amazônia, uma região que depende profundamente dos rios para o escoamento das suas riquezas e da sua população.

"Isso é importante porque vai nos ajudar a buscar soluções, a traçar caminhos ou recomendações para a própria sociedade, o setor empresarial, o poder público. E se torna um trabalho relevante porque nós carecemos muito de informações sobre esse sistema hidroviário na região”, finalizou.

(Gabriel Pires, estagiário sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, Victor Furtado)

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