Padre Cláudio Pighin reflete sobre a visita de Jesus à Nazaré, na homilia deste fim de semana
Sacerdote faz reflexão sobre a rejeição que o filho de Deus sofreu naquele tempo com os dias atuais
Na homilia deste fim de semana, o Padre Cláudio Pighin fala sobre a visita de Jesus a sua cidade, Nazaré, segundo o evangelho de Marcos (6,1-6). O sacerdote explica que no sábado, dia em que a comunidade se reunia para rezar na Sinagoga, Jesus chegou ao local acompanhado dos discípulos e resolveu participar da oração. No entanto, ele não foi acolhido pelos conterrâneos.
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De acordo com o sacerdote, nesse momento é possível perceber que Jesus encontrou resistência junto aos seus e que, segundo o que a palavra de Deus diz, a população teria se escandalizado com a presença dele.
“Creio que as pessoas ficaram maravilhadas diante daquele garoto que viram crescer, brincar e conviver entre eles. Como podia ser daquele jeito tão diferente de como o conheceram? Como pode aquele jovem ser filho de Deus? Como pode um ser humano igual a ele ser Deus?”, reflete.
Aquele momento, de acordo com a reflexão, foi algo muito delicado para um nazareno, que no lugar de favoritismo recebeu rejeição até mesmo dos parentes, pois não conseguiam enxergar nele a verdade Deus. O padre faz uma comparação com os dias atuais:
“Quantas vezes a gente rejeita um testemunho de Deus, porque a pessoa é muito conhecida, é igual a nós. ‘Como pode ciclano ter tanta sabedoria de Deus?’ As aparências nos enganam e alimentam preconceitos que prejudicam a nossa convivência como filhos de Deus”, pondera Padre Cláudio.
Ainda durante a homilia, o sacerdote explica a denominação de “irmão” segundo o evangelho. “Jesus tinha, de fato, irmãos. Em síntese. A exigência histórica crítica nos faz presente que, no haramaico e no hebraico, o termo irmão indica tanto irmão quanto o primo, o sobrinho e o aliado”, diz.
Assim, de acordo com a reflexão, Jesus tem plena consciência que o profeta é rejeitado entre os seus, pois os preconceitos alimentados pela convivência mais próxima os impede de viver uma experiência de fé. Então, o filho de Deus parte para outros lugares para ensinar e testemunhar sobre a obra do Pai.
Novamente trazendo para os tempos atuais, o sacerdote destaca que a experiência pessoal com Deus depende do desejo de cada um. “Deus nos vem ao encontro, porém nós somos capazes de fechar as portas. Pergunto-lhe: sabemos que Deus age na nossa história, e as sagradas escrituras confirmam isso, mas você deixa ele entrar na sua vida? Você é que decide quando Deus tem que fazer presente?”, conclui o padre Cláudio.
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