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Outubro Rosa Pet: cães e gatos também podem ter câncer de mama; veja os cuidados necessários

Assim como em humanos, o câncer de mama é um dos tipos mais comuns em cadelas e gatas não castradas

Maiza Santos

A campanha do Outubro Rosa é dedicada à conscientização sobre o câncer de mama nas mulheres, mas esses cuidados também se estendem aos Pets. Devido à seriedade da doença, é necessário que os tutores estejam atentos sobre a necessidade de cuidar da saúde de seus cães e gatos, fêmeas ou machos, principalmente para prevenir e tratar o câncer. A médica veterinária Alessandra Freire faz orientações sobre prevenção e tratamentos.

Semelhante ao que ocorre em humanos, o câncer de mama é uma das patologias mais comuns em cadelas e gatas não castradas. Entretanto, é importante ressaltar que a doença não é exclusiva das fêmeas. Embora seja mais difícil, os cães e gatos machos também podem sofrer com esse mal. O câncer nos pets, se diagnosticado precocemente, possui altas chances de cura. Por isso, é fundamental que os tutores estejam atentos aos sinais que o animal de estimação pode apresentar. Conforme a veterinária Alessandra Freire, os principais sintomas podem ser percebidos pelo tutor ao observar atentamente o pet.

“No geral, é possível perceber que ocorre a perda de peso, apatia, dificuldade de se alimentar, o animal não tem interesse para fazer às vezes as atividades que fazia antes. Além disso, também há feridas que demoram mais para cicatrizar. Ou ainda, tem feridas que não cicatrizam e isso já é um alerta. Quanto às mamas, elas podem ficar inchadas, sensíveis, quentes e apresentar nodulações. Podem surgir nódulos no corpo e o abdômen do animal ficar inchado”, alerta.

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A médica ainda chama atenção para outros cânceres que podem surgir nos animais e devem ser tratados com seriedade. “Nas fêmeas, o mais comum é o câncer de mama, o de útero e o de ovário. Em machos, geralmente, é o câncer de próstata. Mas existem outros que também atingem muitos cães, como o câncer de pele, o câncer de baço e o câncer de fígado. Claro que ainda podem atingir outros órgãos, de outros locais, mas esses são os mais comuns”, explica Alessandra Freire.

image Tutor e a cadelinha Lelé (Foto: Wagner Santana | O Liberal)

Sobre a prevenção, a veterinária informa que não há algo específico a ser feito que evite definitivamente o câncer. Mas um diagnóstico na fase inicial é primordial para garantir a saúde do animal. “É importante fazer o check-up do pet a cada seis meses. Assim, o médico veterinário vai analisar a parte física do animal, observar o abdômen, ver se há alguma nodulação estranha ou aspecto diferente na pele no pet. Também há as questões de exames laboratoriais, onde será possível ver como estão os órgãos. Então, é importante as consultas periódicas para identificar a doença ainda no início e tratar o animal”, instrui Alessandra Freire.

Conforme Alessandra Freire, em caso de diagnóstico de câncer nos animais de estimação, o ideal é iniciar o tratamento imediatamente. “Hoje em dia temos vários tipos de tratamento e cada um deles é individualizado. Então assim, tem pets que precisam apenas fazer cirurgia, tem outros que fazem só quimioterapia, tem alguns que podem fazer a eletro quimioterapia… tudo vai ser analisado. O diagnóstico do câncer assusta, mas ele não é uma sentença de morte. Hoje temos vários tipos de procedimentos eficazes para o pet, caso ele venha ter um câncer. As chances de viver são muito maiores”, garante a veterinária.

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image Tutor e pets que adotou (Foto: Wagner Santana | O Liberal)

Conscientização

Ao se informar sobre os sinais do câncer e adotar hábitos saudáveis, os tutores podem contribuir para uma vida mais longa e feliz para os seus companheiros de quatro patas. A atenção aos sinais mostrados pelos animais em caso de câncer é essencial para o bem-estar dos pets. O autônomo Elias Monte, de 42 anos, tutor da cadela Lelé, relata o susto que tomou ao perceber que uma das mamas da sua cachorrinha estava com nódulos. Imediatamente ele procurou ajuda de um médico veterinário para avaliar a pet.

“Há quatro anos, como ela tinha gravidez psicológica, ela passou a produzir leite. Então, em uma das mamas ‘empedrou’, aí eu levei ela lá no hospital veterinário e fizeram todo esse procedimento de retirar os nódulos e as duas mamas do lado esquerdo para evitar o câncer. A recuperação foi super-rápida depois da cirurgia. Eu nunca tinha tido outra cadela, então não sabia dos perigos do câncer de mama naquela ocasião”, conta.

image Tutor Elias e a cachorrinha Lelé (Foto: Wagner Santana | O Liberal)

Lelé é uma Cocker com labrador e tem 12 anos. Segundo o tutor, ela nunca teve nenhuma doença que apresentasse risco de vida antes. “A gente fica assustado. Alguns conhecidos meus falavam que era preciso castrar para evitar essa doença. Mas eu questionava e dizia que não, que não tinha necessidade. Aí quando apareceu o câncer, eu percebi que realmente tinha que castrá-la e fiz isso. Então ela fez a cirurgia de castração junto com a retirada das mamas afetadas. E aí, desde então, ela ficou bem e sem problemas de saúde. A questão agora é só a idade mesmo. Como ela já tem 12 anos, a visão dela já está ficando falha”, diz Elias Monte.  

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pet outubro rosa

Elias ainda afirma que a questão da saúde de Lelé se tornou prioridade para a família. “Agora eu já me preocupo mais com outras questões de saúde que envolvem ela. Até porque, antigamente, eu ficava atento. Hoje eu sei da importância de ter esses cuidados. Eu tento fazer ela não se esforçar muito. Às vezes, quando ela fica muito agitada, eu procuro acalmá-la. Todo dia saio para passear com ela de manhã e de tarde. A comida dela é mais regrada. A ida dela ao veterinário é mais frequente”, finaliza o tutor.

 

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