Planos de saúde para pets viram 'alternativa econômica' para tutores em Belém

Com valores a partir de R$ 19,90 e co-participatição, cobertura varia de acordo com a modalidade.

Amanda Engelke

A adesão a planos de saúde para animais de estimação está em alta em Belém. Fabiano Lima, CEO da Divisão de Saúde da Petlove, diz que Belém foi "a porta de entrada da empresa" na região Norte. “Iniciamos com 14 parceiros e agora já são mais de 71, oferecendo atendimento a domicílio e especialidades como cardiologia, dermatologia, ortopedia, gastrologia e nefrologia”, afirma Lima, acrescentando que hoje a empresa está presente em três estados da região.

Segundo Fabiano, o mercado de planos de saúde para animais no Brasil ainda tem grande potencial de crescimento, com destaque para Belém. Ele observa que “os planos de saúde para pets não são uma opção consolidada, com apenas 0,6% da população pet coberta no Brasil, em contraste com países como Estados Unidos, Canadá e na União Europeia, onde a adesão é significativamente maior”. Fabiano menciona que “nos EUA, os planos cobrem 2,5% dos pets, na Suíça 80% e no Reino Unido 42%”.

“Estamos em um processo de expansão, presentes em 23 das 27 capitais brasileiras, visando tornar o mundo um lugar onde os pets sejam felizes e saudáveis, com maior acessibilidade aos serviços veterinários. Belém é uma cidade com ótima estrutura de clínicas veterinárias, parceiros importantes e uma população pet enorme; estimamos que existam 7 milhões de cães e gatos na região, e temos um alto potencial de crescimento”, completa Lima.

A empresa disponibiliza três modalidades de planos em Belém: o Plano Leve, a partir de R$19,90 por mês, que cobre vacinas obrigatórias, consultas em horário comercial e microchipagem gratuita; o Plano Tranquilo, por R$49,90 mensais, que inclui consultas em horário normal e plantão, além de exames laboratoriais e de imagem; e o Plano Ideal, a R$109,90 por mês, que abrange todos os serviços dos planos anteriores, além de atendimento com especialistas, cirurgias e internação.

Fabiano argumenta que os planos facilitam o acesso a diversos serviços e aumentam a frequência das visitas ao veterinário. "Os tutores com cobertura levam seus pets ao veterinário 30% mais vezes do que os que não têm o serviço", diz. Além disso, os planos oferecem "previsibilidade financeira, ajudando a evitar preocupações com custos inesperados em momentos de urgência e garantindo que os pets recebam cuidados contínuos e adequados”.

Solução econômica

Para muitos tutores, a adesão a um plano de saúde para pets é uma escolha prática e econômica. Samara Tirza, advogada e tutora do Snow, um cachorro sem raça definida, adotado no final do ano passado, conta que assim que adotou contratou um plano que considera “bem mais econômico do que pagar pelos serviços individuais”. Ela paga o plano de R$49,90. “Apesar do custo mensal, o plano é uma solução econômica para prevenir despesas elevadas com emergências”, diz.

Em Belém, a adesão ao formato co-participativo é uma tendência. Tirza acredita que vale a pena. “Ele cobre vacinas, exames, consultas e emergências. Quando meu pet precisa de vacinas, que custam entre R$ 70 e R$ 90, pago apenas uma taxa de R$ 10. Consultas, que normalmente custam cerca de R$ 150, têm uma taxa de R$ 20 a R$ 30. O atendimento emergencial e a medicação também são cobertos com taxas baixas”, avalia a tutora do Snow, um 'caramelo com preto' de cerca de 9 meses.

Isabella Morais, de 48 anos, é dona de casa e tutora do Pitico, um Dachshund adotado com três anos e que agora tem quatro. Ela conta que, em agosto do ano passado, gastou uma grande quantia em vacinas e um check-up. Dois meses depois, Pitico teve uma crise de vômito e diarreia, levando Isabella a gastar quase R$ 2 mil em um dia no hospital veterinário. “Ele precisou fazer uma ultrassonografia na urgência e foi verificado que ele estava com aumento da próstata, e para solução teríamos que castrar”, relata.

Foi então que Isabella decidiu investir em um plano mais completo, pagando R$ 109,90 por mês desde outubro. Ela considera que vale a pena, mesmo com a coparticipação de R$ 25 por vacina e R$ 30 por consulta, já que “os procedimentos veterinários são bem caros”. Embora ainda não tenha castrado Pitico, o custo pelo plano seria cerca de R$ 100. “Depois disso ele nunca mais ficou doente, foi um santo remédio”, diz, acrescentando que está aguardando o momento certo para realizar a castração, planejada para este ano.

69% dos que não possuem plano gostariam de ter, revela pesquisa

Ao Grupo Liberal, Fabiano Lima apresentou um levantamento da Quaest, encomendado pela Petlove, que revela que 72% dos brasileiros possuem pets e 94% já tiveram algum animal de estimação, “mostrando que a família brasileira está cada vez mais multiespécie”. A pesquisa também destaca que 95% dos brasileiros acreditam que os humanos devem cuidar dos animais e 69% dos que não têm plano de saúde para pets gostariam de adquirir uma cobertura.

“Apesar disso, apenas 1% dos tutores possuem plano de saúde para seus animais, e o Brasil ainda não tem uma estrutura equivalente ao 'SUS animal'. Assim, os planos de saúde pet são uma das principais alternativas para tratamento. A modalidade está se tornando mais conhecida, com cobertura para 0,4% dos cães e gatos até o ano passado. À medida que os benefícios são reconhecidos, mais tutores adotam esses planos para garantir previsibilidade nos gastos e acompanhamento da saúde dos pets”, conclui Lima.

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