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No PCT Guamá, UFPA promove pesquisas e serviços que unem ciência ao mercado

As atividades desenvolvidas no complexo da instituição fortalecem a economia do Pará

O Liberal

Vários estudos sobre genética e biotecnologia de produtos, treinamentos nas áreas de desenvolvimento sustentável e conservação da biodiversidade amazônica, e também testes celulares in vitro de bioprodutos e biomateriais, etapas fundamentais que validam produtos para o mercado, são realizados na Universidade Federal do Pará (UFPA). Essas atividades são promissoras para o desenvolvimento produtivo do Estado.

No complexo, o laboratório da Universidade Federal do Pará (UFPA) desenvolve atividades promissoras para o desenvolvimento produtivo do Estado. “Como pesquisadora, sinto que temos oportunidades estratégicas ao ter o laboratório instalado no PCT, com possibilidades de desenvolver projetos nas áreas biotecnológicas e de inovação. Fazer ciência de alta qualidade só é possível com pessoas, estrutura e recursos”, destaca Renata Noronha, coordenadora do espaço.

pct

As atividades são desenvolvidas pelo Laboratório de Genética e Biologia Celular (GenBioCel), componente do Centro de Estudo Avançados da Biodiversidade (Ceabio), instalado no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá.

A instituição federal de ensino integra o ambiente de inovação do Pará, sendo fundamental para transformar ciência em soluções para a vida das pessoas. O projeto de ter um parque tecnológico da Amazônia nasceu dentro da UFPA e se tornou realidade com investimentos do Governo, através da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet).

“No estado do Pará, a ideação de implementação do primeiro parque de ciência e tecnologia surgiu da união entre o Estado e Universidade Federal do Pará, em 2009, com a posterior anuência e participação da Universidade Federal do Pará nessa parceria exitosa. Investir no PCT Guamá é ao mesmo tempo investir na transformação socioeconômica sustentável do Pará. Os investimentos no Parque buscam estabelecer o Pará como modelo de inovação sustentável e inclusiva, destacando a importância da conservação ambiental e do desenvolvimento econômico equilibrado”, enfatiza Victor Dias, titular da Sectet.

A construção do PCT Guamá teve ainda recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A UFPA e a Ufra, cederam áreas para a implementação do Parque. O conhecimento científico da UFPA dentro do PCT Guamá impulsiona o ecossistema do complexo.

“Temos o desafio de trazer e consolidar na região amazônica este novo modelo de desenvolvimento, que é complementar ao oferecido pelas universidades e Centros de Pesquisa. Nosso papel em um parque tecnológico é construir pontes para o fortalecimento da economia local por meio de serviços técnicos especializados, combinando a competência acadêmica com a dinâmica demandada pelo mercado”, reforça Rodrigo Quites, diretor presidente da Fundação Guamá, organização gestora do PCT Guamá. 

Outro destaque na relação entre o PCT Guamá e a UFPA, são as pesquisas desenvolvidas no local. Dos 12 centros e laboratórios presentes no Parque, 11 são da Universidade, com atuação em diversas áreas, como ecologia, biodiversidade e tecnologia. Para a área da saúde, o Laboratório de Óleos da Amazônia (LOA) é referência na análise de óleos com potencial medicinal, produzindo pesquisas e produtos que confirmam os benefícios, como um biocurativo feito a partir de azeites de andiroba, castanha e outros frutos nativos da Amazônia.

No Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (Cvacba), são analisados compostos presentes no cacau paraense e em seus subprodutos, como chocolate, manteigas, chás, entre outros, além de forte atuação na cadeia do açaí.
Existem também iniciativas das áreas de engenharia e tecnologia, como o Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon), que tem produções voltadas para mobilidade elétrica, a exemplo do ônibus circular e barco que navega na orla da UFPA.

No Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (Lasse/UF), foi desenvolvido o projeto Conectividade Digital em Localidade Remota (CELCOM), que viabiliza o acesso à internet em comunidades para fortalecer o desenvolvimento socioeconômico. 

Para Maria Iracilda Sampaio, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA, a presença de laboratórios no PCT trás grandes benefícios como a maior visibilidade para o portfólio das pesquisas, acesso mais rápido ao mercado produtivo e à indústria, melhor divulgação dos serviços prestados, além da gestão mais eficiente dos recursos captados.

“A parceria UFPA/PCT gera resultados reais para a pesquisa e o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, com base no conhecimento originado na Universidade. Os laboratórios e centros de pesquisa promovem a inovação sustentável com suas iniciativas, inclusive formando novos pesquisadores, e isto fortalece as atividades de ensino, pesquisa e extensão”, afirma.

Instrumentos para o desenvolvimento do país

O parque tecnológico é um complexo planejado de crescimento empresarial que estimula a cultura de inovação, da competitividade industrial, da capacitação empresarial e da promoção de sinergias em atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, entre empresas e instituições de Ciência e Tecnologias, segundo a legislação brasileira que trata sobre estímulos ao desenvolvimento científico e à pesquisa no Brasil.

Um levantamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) aponta que o número de parques tecnológicos em operação no país cresceu de 20 para 55, nos últimos 10 anos. A maioria destes complexos está localizada na região Sul, com 28 parques; o sudeste com 19; o Nordeste com sete; o Centro Oeste com três; e Norte com o PCT Guamá. Os parques brasileiros são recentes, possuem menos de 20 anos de funcionamento, empregam mais de 40 mil pessoas e têm um faturamento estimado de R$ 3,7 bilhões por ano.

Esses espaços oferecem suporte para a transformação de ideias em negócios, e são ambientes que reúnem universidades, setor privado e governo. Em âmbito nacional, o PCT Guamá é membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que reúne mais de 300 associados ligados ao empreendedorismo e inovação em todo país. Já em contexto internacional, integra a Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (IASP), maior ecossistema de inovação do mundo, com mais de 350 membros e 115 mil empresas de 80 países.

“O PCT Guamá tem um papel estratégico e valioso para a região amazônica, é um modelo. A UFPA é fundamental nesse processo de criação e aprimoramento de produtos e serviços sustentáveis, na promoção de pesquisas e formação de pesquisadores. O que é feito aqui alcança a população pelo mercado que utiliza o conhecimento científico para promover benefícios diversos para a sociedade”, enfatiza Adriana Farias, presidente da Anprotec e diretora executiva do TecnoPARQ (MG).

Referência em inovação na Amazônia

O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Sectet, que conta com a parceria da UFPA, Ufra e gestão da Fundação Guamá.

É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.

Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 30 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do Estado.

Membro da Anprotec e da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp), o PCT Guamá faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.

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