Museu Emílio Goeldi reabre ao público após dois meses fechado para poda de árvore histórica

Com 42 metros de altura e mais de 1 século e meio de existência, a árvore "Guajará" precisou ser cortada pois apresentava risco para os funcionários e visitantes

Emanuele Corrêa / O Liberal
fonte

Fechado por quase dois meses para realizar a poda do "Guajará" - Chrysophyllum venezuelanense -, árvore de 42 metros de altura e que está há um século e meio no Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi, o espaço foi reaberto ao público, nesta terça-feira (8). As visitas são sempre às terças, quartas e quintas-feiras, das 9h às 15h, feitas por agendamento prévio e com circulação diária de 150 pessoas.

VEJA MAIS

image Em Belém, Maria Cândida visita Museu Emílio Goeldi e faz elogio: 'Lindão'
A jornalista está em Belém a passeio, nesta terça-feira (4)

image Pesquisador do Museu Emílio Goeldi ganha prêmio internacional
É a primeira vez que um brasileiro recebe o prêmio, concedido todo ano a cinco cientistas que realizam pesquisas na área da biologia

Roseny Mendes, coordenadora de administração do MPEG destaca a importância do Guajará, enquanto "árvore anciã". Estava no local quando o botânico suíço Jacques Huber chegou com Emílio Goeldi para estudar a flora. Devido à deterioração, um dos braços, de 2 a 3 toneladas, do Guajará caiu sobre o prédio da Rocinha e destruiu o telhado e abalou a estrutura do monumento.

Após análise, a equipe técnica percebeu a necessidade de realizar o rebaixamento drástico da árvore, que foi reduzida de 42 metros para 2 metros e, por isso, virará um memorial no parque, devido à importância científica e memória. "O Guajará tem uma representação simbólica, histórica e, principalmente, científica para o Museu. Jacques Huber - foi um dos cientistas que veio com o Emílio Goeldi - fez essa descrição do Guajará", explica a coordenadora.

"O museu vai fazer 156 anos, é a árvore mais antiga que já existia aqui, mais antiga que o prédio da Rocinha. O Guajará também tem memória, as pessoas se identificavam, faziam fotos com a família, além do papel importante para o sombreamento do prédio e para a onça", completa Roseny.

image Roseny Mendes, coordenadora de administração do MPEG. (Ivan Duarte / O Liberal)

"Fizemos uma poda drástica, porque ele estava deteriorado por dentro. Dos 42 metros, ficou com 2 metros de altura, para resguardar a segurança dos visitantes e funcionários. Estamos fazendo um trabalho de germinação nele, para saber se ele ainda vai crescer. Vamos aguardar. Mas, de toda forma, aqui vai ter um memorial e será a árvore homenageada na semana da árvore, nos dias 29, 30 e 31", completou.

A administradora do parque faz um alerta à população que voltará a frequentar o espaço, a respeito dos cuidados com a fauna e flora. Além de lembrar de se manter os cuidados que a pandemia ainda exige, como o uso de máscara e álcool em gel. Também caminhar com garrafas d'água retornáveis, para que nada seja descartado no museu ou que seja feito o descarte correto, pois há animais que percorrem o parque, de fauna solta. Ela exemplificou o descarte de máscara, que deve ter os elásticos removidos da parte principal e ambos devem ser colocados em uma sacola a ser descartada na lixeira mais próxima.

Famílias aproveitam a visitação no Parque

A movimentação no terceiro dia de visitação, desde a abertura do Emílio Goeldi, começou a ser percebida. A equipe de recepção com os guias de visitação do parque davam apoio aos visitantes, explicando sobre a vegetação local e os tipos de animais.

Adriana Coelho de Andrade, dona de casa, estava com o marido e os filhos para aproveitar a manhã. Ela conta que são três gerações da família a visitar o parque e que os filhos estavam ansiosos com o retorno. "Já visitei muito quando criança, hoje vim com a família, meu marido, filhos e irmão. A nossa relação é desde criança, é um ambiente que traz tranquilidade. Meus filhos gostam de ver os bichinhos. Viemos antes da Pandemia, né, estamos voltando. Gosto sempre de explicar para eles a importância do parque, com relação ao cuidado com os animais, de não alimentá-los", comentou.

"Eu estou achando muito legal a reabertura, eu acho muito divertido. Queria muito vir aqui", disse a estudante Rianna de Andrade, 11 anos, empolgada com o passeio.

Para Ryan Botelho a reabertura é necessária, assim como a manutenção de áreas verdes na cidade. Destaca que é um ponto turístico que fez falta quando foi fechado durante a pandemia e agora para a nova manutenção. "O guia nos acompanhando é sempre bem vindo. Essa abertura é muito satisfatória para a gente. Ter espaços como esse perto da gente, estar em contato com a natureza e perceber que estar melhorando a cada dia mais... Temos que preservar o meio ambiente. Precisamos de mais espaços como esses. Principalmente para as crianças, para o contato com a natureza, algo diferente para confraternização com a família", pontuou.

image Carteirinha de vacinação e uso de máscara são obrigatórios para a circulação no parque, além do agendamento prévio. (Ivan Duarte / O Liberal)

Quando abre o Parque Zoobotânico Emílio Goeldi?

Período: Terça-feira, quarta-feira e quinta-feira
Horário: 9h às 15h
Acesso: agendamento prévio pelo e-mail: visitamuseu@museu-goeldi.br ou mensagem instantânea (91) 9235-7842
Ingresso: R$ 3,00 na bilheteria
Capacidade diária: 150 pessoas
Exigências: apresentação de carteirinha de vacinação para pessoas acima de 12 anos, com duas doses no mínimo. Uso de máscara obrigatório.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM