Muro da Uepa, no bairro do Telégrafo, em Belém, recebe a grafitagem de 20 artistas locais
Eles estão pintando temas voltados à COP 30, que será realizada em Belém em 2025
Vinte artistas locais participam da grafitagem do muro do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na travessa Djalma Dutra, no bairro do Telégrafo, em Belém. Eles estão fazendo diversas gravuras com temas voltados à COP 30, que será realizada, na capital paraense, em 2025.
Esse trabalho começou na segunda-feira (26) e deverá terminar na sexta (30). E vai culminar, na manhã de sábado (31), com um evento aberto para toda a comunidade do entorno, com oficinas de grafitagem e música. Entre as figuras da biodiversidade amazônica e a cultura dos povos originários está nos planos uma grafitagem em homenagem a Tuíre Kayapó, uma das maiores lideranças indígenas do Pará e que faleceu no início deste mês.
O professor Frederico da Silva Bicalho, vice-diretor do Centro de Ciências Sociais e Educação da Uepa, disse que o local onde está sendo feita a grafitagem era um “espaço morto”. “Inclusive, a partir das parcerias que a gente conseguiu, a gente pretende reavivar esse espaço. E, com a grafitagem, tornar o espaço mais bonito e mais agradável para a nossa comunidade acadêmica”, afirmou.
A ideia é fazer um mural com temas focados na COP 30. O trabalho é feito nos 150 metros do muro, entre as ruas do Una e Municipalidade. “Um muro que estava escuro, morto, foi pintado de branco e agora virou uma tela para esses artistas. E vai embelezar a cidade com temas regionais. E, além disso, a gente vai ter também a participação dos alunos do Centro de Ciências Sociais e Educação da Uepa”, contou.
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O também professor Anderson Maia, diretor do Centro de Educação da Uepa, disse que o projeto está sendo viabilizado graças a parcerias. “Parcerias importantes com o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado Esporte e Lazer (Seel), junto com o nosso Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), que faz parte da nossa Universidade. Além dessa parceria para a grafitagem, outras parcerias foram possíveis para o embelezamento, para a melhoria desse espaço, desse quadrante”, afirmou.
Naquela área estão localizadas a Universidade do Estado, o Centro de Educação, a Escola Técnica Magalhães Barata e a Escola Vera Simplício. “Um quadrante da educação e agora ele está totalmente revitalizado. Com calçamento, com piso tátil, com iluminação em LED, e agora o nosso mural a céu aberto mostrando a beleza da nossa Amazônia”, disse o professor Anderson.
“E essa beleza sendo construída por esses 20 artistas e pelos nossos alunos também. Eles vão ter momentos de oficinas de grafitagem para deixar eternizada a sua arte nos muros próximos de onde eles estão fazendo a sua formação inicial”, afirmou.
O grafiteiro Edioleno Silva da Paz, o Mano Leno, 49 anos, disse que essa ação “fortalece” o trabalho dos grafiteiros e contribui para a melhoria da cidade. “Todas as pessoas que passam aqui ainda elogiam a gente. Isso é legal”, afirmou. Ele pediu apoio das autoridades para que os grafiteiros façam sua arte em mais áreas de Belém, “pra que a cidade fique mais linda”.
“Os artistas visuais que estão aqui têm a vontade de evoluir o seu trabalho, de ficar conhecido e melhorar a cidade”, disse. Mano Leno está fazendo a grafitagem de uma indígena. Bruno Chaves, mais conhecido como Kiory, 32 anos, também está participando desse trabalho. “O intuito é de colorir a cidade e tirar um pouco daquela visão de pichação”, contou. Ele está retratando uma ribeirinha, com casas e canoas.
Serviço:
Data: 26 a 31 de agosto.
Horário: 10 às 16h (de 26 a 30) e a partir das 9h no sábado, 31.
Local: CCSE/Uepa. Tv. Djalma Dutra, s/n. Entre as ruas do Una e Municipalidade, bairro do Telégrafo.
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