Movimento República de Emaús comemora 52 anos de formação social de crianças e adolescentes

O Movimento República de Emaús completa 52 anos nesta quarta-feira (12). O espaço, fundado pelo padre Bruno Sechi (1939 - 2020), vem de uma longa caminhada em busca de atender pessoas em situação de vulnerabilidade e possui tradição no serviço socioambiental. A programação de comemoração do aniversário contará, dentre outras coisas, com lanche partilhado, apresentações de teatro e reflexão.

Diariamente, cerca de 650 crianças e adolescentes recebem atendimento. O local é uma oportunidade para quem mora aos arredores do bairro do Bengui, funcionando desde a década de 1970. A ideia inicial do projeto era retirar da rua os menores de idade que sobreviviam por meio da venda ambulante de produtos. A Cidade de Emaús foi, então, criada em 1980, em Belém. 

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Diversas foram as contribuições de Bruno Sechi para o estado: ele foi um dos idealizadores do Estatuto das Crianças e Adolescentes (ECA), reforçando a sua luta com a causa. Na Terra Firme, o padre ajudou a fundar a Caravana da Paz, iniciativa que surgiu para combater a violência urbana no bairro, ganhando, inclusive, repercussão nacional. A atuação do fundador também foi essencial para a criação da Comissão Justiça e Paz, um instrumento que atuou no combate a violência e promoveu formação cidadã.  

A comemoração de 52 anos de atuação terá um tema: “Um presente para o Emaús”. “Os alunos da escola de teatro da UFPA vão fazer uma performance, vai ter momento de entrega de mudas representando a questão do compromisso com o meio ambiente. Os vasos foram feitos pelas próprias crianças. Os grupos estão se reunindo para refletir sobre o trabalho que é desenvolvido”, comenta Cleice Maciel, uma das coordenadoras do Movimento. 

Além da programação, a data também terá atividades especiais alusivas ao Dia das Crianças, com gincanas e eventos culturais. “O pessoal da percussão está ensaiando um samba. Vai ter bolo, salgados, lanches. É uma festa partilhada. É um momento de refletir sobre o papel de atuação do Movimento nesses 52 anos sobre as crianças e adolescentes atendidas”, completa Cleice.