Grande Coleta de Emaús: mais de 5 mil itens são arrecadados durante a ação de solidariedade

A Grande Coleta, que foi realizada no último dia 25 de setembro, teve como intuito angariar doações como eletrodomésticos, eletrônicos, equipamentos de informática, móveis e livros. Os itens serão doados para pessoas de baixa renda

Gabriel Pires

Durante a 49ª Grande Coleta de Emaús, realizada no dia 25 de setembro, foram arrecadados 5.536 itens, como eletrodomésticos, eletrônicos, equipamentos de informática, móveis, livros e dentre outros. A ação é uma iniciativa anual do Movimento República de Emaús, no bairro do Bengui, em Belém, que atua em prol dos direitos da criança. Os itens serão doados para pessoas de baixa renda e, também, serão destinados para um bazar aberto ao público, no próximo sábado (8), das 8h às 12h.

Todo o recurso arrecadado no bazar promove continuidade nas ações do Emaús. A solidariedade gera investimento na manutenção dos serviços e projetos realizados com as crianças e adolescentes beneficiados, conforme conta Adriano Soares, coordenador da Grande Coleta. 

“Após a coleta, todo o material arrecadado passa por um processo de triagem, seleção, manutenção, reparos, teste do que está funcionando, do que não está. Após isso, toda a equipe faz uma separação desses objetos para serem colocados no bazar da instituição, onde a comunidade tem acesso", disse Adriano.

image Objetos passam por triagem (Márcio Nagano / O Liberal)

Doações beneficiam crianças e adolescentes do Movimento

Ao longo de 49 anos da Grande Coleta, Cleice Maciel, coordenadora executiva do Movimento de Emaús, conta que, nos 3 últimos anos, o número de arrecadações foi baixo. Em 2019, menos de 5 mil objetos foram arrecadados. Já em 2020, por conta da pandemia de covid-19, cerca de 2 mil e 2.500 donativos foram recebidos. Em 2021, o cenário se repetiu, mudando apenas em 2022.

“Pra gente é um retorno à capacidade, também, de além de sensibilizar a sociedade, de fazer com que as pessoas doem objetos que vão servir para o outro. Porque hoje tem muita gente que vende na OLX, faz bazar de WhatsApp que prefere arrecadar uma grana, mas tem gente que guardou as coisas para doar ao Emaús, guardou para exercício de solidariedade”, detalhou Cleice, que participa da Grande Coleta desde os 19 anos.

Além da venda dos objetos na loja do movimento, Cleice explica que, após uma triagem, alguns equipamentos recebidos, como computadores, são utilizados na própria instituição nos projetos desenvolvidos. Outros objetos também passam por inspeção, higienização e restauro. 

“A gente recondiciona e usa nos nossos laboratórios, tanto de manutenção quanto de recondicionamento, para que os meninos aprendam a recondicionar, a consertar computadores, para que eles possam prestar esse serviço como uma geração de renda também; a gente usa nos laboratórios para ensinar informática básica para adolescentes da comunidade”, contou Cleice sobre o uso das doações. 

Parte do que é doado para o movimento de Emaús vai ajudar na compra de alimentos para as crianças que são atendidas, afirma Celice. Hoje, 250 adolescentes e jovens realizam atividades profissionalizantes. E, ainda, o Movimento beneficia 450 crianças e adolescentes em atividades de arte, educação, de oficina de teatro, de musicalização, de esporte. Além de famílias em atividades de estímulo à geração de renda. 

"Então com esses valores que a gente arrecada, a gente transforma em recursos para cuidar dessas ações, pagar educador, pedagogo, profissionais que precisam ter um trabalho sistemático na instituição, atendendo esse público que está em vulnerabilidade", frisou.

"A gente também tem um cadastro de pessoas que precisam de materiais, de roupas a serem doadas, de cama, pessoas que passaram por situação de desastre, alagamentos, enchentes, pessoas que tem problema disso de locomoção, que precisam de cadeira de roda.  E quando há esse objeto a gente prioriza a família que está cadastrada e que precisa", detalhou.

49 anos de Grande Coleta

A história da Grande Coleta iniciou há 49 anos com a idealização do Padre Bruno Sechi e demais jovens, que ajudaram na fundação do Movimento de Emaús. O objetivo era ajudar as ações do Movimento, que, com o passar do tempo, começou a receber diversos jovens.

“Alí começa a surgir a necessidade de manutenção desse espaço. Começou com 100 caminhões, centenas de voluntários solicitando objetos que pudessem ser revendidos, pudessem ser consertados. Quando nem se discutia Direito da Criança e do Adolescente, o Emaús já realizava ações que envolviam a sociedade em prol dessas crianças. E a sociedade vem abraçando desde aí”, explicou Cleice.

Serviço

Para além da Grande Coleta, ações podem ser realizadas durante todo o ano. O recebimento de doações pode ser feito mediante agendamento prévio por meio do telefone (91) 98170-8721.

As doações também podem ser feitas na sede do Movimento de Emaús, localizado na avenida Padre Bruno Sechi, 17, Bengui. O atendimento para entrega é de segunda a sexta, das 8h às 16h. 

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)

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