Motoristas de aplicativo buscam alternativas para driblar calor e alto preço dos combustíveis; vídeo
Escolher corridas longas e regular com mais frequência o uso do ar condicionado fazem parte das táticas adotadas por condutores
Com o preço da gasolina ainda longe do ideal, variando entre R$5,52 e R$5,89 o litro em Belém, e o verão amazônico com as temperaturas beirando os 32º, muitos motoristas de aplicativo precisam encontrar soluções que aliem conforto e economia, sem deixar de lado a questão da segurança. A situação tem feito os condutores buscarem alternativas, como regular o uso do ar condicionado e escolher rotas para desviar de congestionamentos. O trabalho nem sempre é fácil, mas algumas estratégias colocadas em prática têm garantido a continuação do serviço oferecido e uma viagem tranquila, tanto para quem dirige quanto para o passageiro.
As práticas adotadas são pensadas como uma forma de reduzir gastos e melhorar a experiência do usuário, mesmo com as dificuldades. Há corridas que são mais vantajosas que outras e todas elas são analisadas com cuidado, por exemplo, um percurso mais longo pode ser mais vantajoso em termos econômicos, enquanto que um caminho curto com longos trechos engarrafados já não é tão viável assim, o que explica os cancelamentos para destinos próximos ao ponto de embarque.
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David William, de 25 anos, trabalha em uma plataforma que presta serviço de transporte privado desde o início de 2021 e é um dos que traçaram um método para continuar dirigindo. Sempre com uma garrafa de água para manter a hidratação, ele tem feito opções principalmente entre os horários de pico de trânsito e de temperaturas mais elevadas, próximo ao almoço, das 10h às 14h. “Eu sempre busco escolher corridas em que eu evite passar muito tempo parado no trânsito. Se eu fizer isso, vai ficar muito quente e gerar desconforto para mim e para o passageiro. Geralmente eu pego corridas longas, eu sei que assim vou economizar mais combustível. Corridas curtas dentro de um trânsito intenso tendem a gastar mais gasolina”, detalha.
Dentro desse intervalo de tempo, David evita ligar o ar condicionado, porém, fica sempre atento ao cliente. Já nas viagens mais curtas, quando alguém solicita que a refrigeração seja ligada, o condutor explica a questão e entra em consenso com o passageiro. “Nesse horário, a gente tenta evitar ligar o ar, porque corridas curtas, infelizmente, com as taxas, acabam não sendo rentáveis. Caso ligue em corridas curtas, tento evitar engarrafamento por meio de outros aplicativos, rotas alternativas onde o trânsito esteja menos intenso. Procuro conversar com o passageiro e explicar, mas quando ele não entende, ai eu ligo”, diz.
Ainda tem a questão da segurança, fundamental em todo percurso. As próprias empresas que oferecem o serviço sabem da necessidade que todos os usuários têm de não correr perigo. “Alguns apps sinalizam que vamos buscar ou desembarcar alguém em área de risco, temos a opção de não aceitar, mas caso aceite, eles dão um bônus adicional para auxiliar nessa questão. Vai muito do passageiro também, às vezes, ele sabe como é a área e avisa que tem que deixar o vidro levantado, ou, ao contrário, deixar baixo para identificação”, conclui David.
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