Moradores e trabalhadores da Brás de Aguiar denunciam irregularidades na avenida

Elas envolvem poste com câmera de segurança no meio da via e poste de energia tombado para cima de vegetal. Além de outra mangueira de grande porte estar apoiada apenas por semáforo de sinalização para pedestres

Cleide Magalhães

Moradores e trabalhadores da avenida Comandante Brás de Aguiar, localizada no bairro Nazaré, região nobre da cidade de Belém, capital paraense, denunciam diversas irregularidades que ocorrem na avenida, principalmente em relação à infraestrutura, como poste com câmera de segurança ainda instalado em plena avenida e poste de energia tombado para cima de mangueira de grande porte.

Além da falta de podagem de árvores, o que prejudica a visão de pedestres e condutores de veículos. A mesma árvore, uma mangueira também de grande porte, está inclusive tombada e apoiada apenas por um semáforo de sinalização para pedestres, que é menor que o vegetal, de ferro e fica ao lado da faixa para estes.

Para os residentes e profissionais da Brás, essas situações, confirmadas in loco pela reportagem nas esquinas da Brás de Aguiar com as travessas Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa e Benjamim Constant, oferecem diversos riscos não somente para os moradores e trabalhadores, mas também para pedestres, ciclistas e condutores de veículos, que circulam e caminham pela área.

Poste da Segup permanece instalado na Brás de Aguiar

Uma das problemática envolve um poste com câmera de vigilância da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), que ainda permanece instalado em plena avenida Brás de Aguiar com a travessa Quintino Bocaiúva, mesmo depois que a calçada foi corrigida e sofreu recuo, há cerca de dois meses.

“Na verdade, esse poste com câmera da Segup existe aí há pelo menos cinco anos e estava em cima da calçada. Porém, a calçada estava errada e foi corrigida, mas o poste permaneceu na rua e nessa distância de quase um metro e meio da Brás. Ainda está assim há pelo menos dois meses e ninguém tomou iniciativa de retirá-lo daí. Eles podiam passar a câmera para outro poste e retirar daí da rua. É impressionante como ninguém faz nada. Está todo mundo aqui preocupado com isso. Os vizinhos já denunciaram para os órgãos competentes e nada foi feito”, afirma um mototaxista, que preferiu não ter seu nome na reportagem.

Ainda na opinião dele, essa situação oferece risco de acidentes na área para os veículos em movimento e para quem quer estacionar. “Isso tá muito perigoso. Não tomam providência até acontecer um acidente, porque esse poste na pista prejudica a curva de quem dobra da Quintino para a Brás. Fica perigoso bater no poste. Oferece risco também para quem estaciona o veículo. Até o ciclista para passar tem que ir para o meio da pista”, alerta o profissional.

Outra irregularidade fica na esquina com a Quintino Bocaiúva

Outra irregularidade fica distante apenas um quarteirão da Quintino. Na calçada da Brás com a Rui Barbosa existe um poste de energia tombado e encostado em uma mangueira de grande porte. O vegetal também vive suportando as fiações do poste.

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Para a moradora Rose Lima, que tem 80 anos e vive há 45 anos na Brás, essa condição é vista como verdadeira “falta de respeito”. “Isso é uma falta de respeito, a Equatorial deveria consertar isso aí, porque pode cair em cima de pessoas e de carros. Pode até matar pessoas. Tem fio para todo que é lado. Ele está tão tombado que até o cimento do pé dele está quebrando. Se esse poste cair, não tem nem por onde se segurar. Além disso, por aqui há buracos na calçada e outro dia até cai. É assim...”, reclama a idosa.     

Segundo um balconista, 32 anos, que trabalha nessa esquina e pediu para não se identificar, as vias públicas precisam ser sempre fiscalizadas, para evitar esse tipo de problema.

“A gente fica preocupado com esse poste encostado na mangueira. Isso tem que ter fiscalização permanente. Ainda mais agora que vai chegar as chuvas mais fortes. Bora ver se vão resolver, porque agora a desculpa para não solucionar as coisas é ocasionada pela pandemia”, critica.  

Ainda na Brás de Aguiar, mais um cenário que oferece perigo e serve como alvo de reclamações dos moradores e trabalhadores da área fica na esquina com a Benjamin Constant.

Lá, uma mangueira de grande porte está meio tombada e apoiada somente por um semáforo de sinalização para pedestres, que é menor que o vegetal, de ferro e fica ao lado da faixa para pedestres.

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“Essa árvore é um risco enorme e está segurada, encaixada só por esse postezinho, já devia ter caído. Se tirar essa peça aí, ela vai cair. Por debaixo ela está toda oca. Aí veio um homem da Secretaria de Meio Ambiente e disse que não é nada. Ele veio aqui quando caiu aquela árvore em frente ao Itaú, depois que os moradores reclamaram, há uns dois meses. Isso é perigoso para quem mora e trabalha aqui, porque a fiação todinha pode cair em cima de uma pessoa ou de um carro. A Prefeitura de Belém tem que resolver isso aí”, afirma um taxista, que preferiu não dizer o nome, tem 65 anos e trabalha pela área há 15 anos.

Notas

Em nota, a Equatorial Energia Pará informa que enviará equipes até os locais dos dois postes para avaliar a situação e tomar as providências necessárias.

A Prefeitura de Belém informa que "o poste já estava instalado anteriormente e a empresa Equatorial já colocou a retirada no cronograma".

Sobre o piso tátil, a Prefeitura informa que a Secretaria de Urbanismo já está realizando as adequações necessárias.

A Segup foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre as medidas que devem tomar após as reclamações. 

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Belém
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