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Ilha do Combu está há pelo menos uma semana sem receber coleta de lixo

A situação preocupa os moradores e comerciantes do local, uma vez que durante o mês de julho o fluxo de visitantes aumenta devido às férias escolares

O Liberal
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Em pleno mês de julho, período de férias escolares e de grande fluxo nas ilhas de Belém, principalmente na ilha do Combu, os moradores da região ribeirinha estão passando sufoco com a falta de coleta de lixo em toda a ilha. Essa problemática vem ocorrendo desde o mês de maio, entre intervalos de suspensão da coleta. Moradores e comerciantes da ilha estão preocupados com o acúmulo dos resíduos. Eles já entraram em contato com a empresa que faz a coleta e foram informados que a prefeitura de Belém não está efetuando o pagamento.

Elias Costa, que faz parte da Associação de cultivadores de Açaí da ilha Murucutu, no Combu, diz que os moradores do local estão preocupados com a situação, pois diariamente a ilha acumula cerca de 5 toneladas e com a falta da coleta os resíduos acumulam e as pessoas ficam sem destino para o lixo.

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O morador e proprietário do restaurante Boá da Ilha, Boaventura Junior, diz que essa problemática vem se arrastando desde o mês de maio, mas que nas últimas semanas o problema vem se intensificando. "Entre o mês de maio até agora essa situação fica oscilando. A gente passa umas três semanas sem a coleta, depois retorna e, na sequência, é suspensa novamente",explica Boá.

Ele explica que no período que fica sem a coleta alguns moradores e proprietários de restaurantes ainda tentam descartar os resíduos na própria lancha, no caso de quem tem lancha. Mas o problema é que quando chega no porto da Praça Princesa Izabel, o local não suporta a quantidade de lixo que é descartada.

"É uma situação desesperadora para moradores e também para quem tem os restaurantes, pois o fluxo aumenta e o lixo aumenta na mesma proporção. Tem gente que está queimando o lixo e também descartando no rio, o que destrói o nosso ambiente", lamenta Boá Junior.

Um trabalhador da ilha, que prefere não se identificar, comenta que a ilha começou a receber os serviços de coleta em maio de 2021, mas ao longo do tempo foi paralisado por diversas vezes.

“De alguns meses para cá, os barqueiros afirmaram que não estavam recebendo os valores desse repasse [da prefeitura], estavam manifestando a sua insatisfação, mas estavam continuando com o serviço. Na semana eles resolveram fazer a interrupção do serviço, pois já estava ficando muito pesado para eles. Eles não estavam recebendo, segundo eles alegam, há cinco meses. A situação vem se agravando com o início dessa alta temporada”, disse.

O denunciante revela preocupação caso o problema não seja solucionado. “Cada estabelecimento do Combu está gerando muito mais lixo atualmente. A gente precisa saber o que está acontecendo, mas a situação está ficando grave. Com essa quantidade de lixo que tá se acumulando nos estabelecimentos, o custo para enviar o lixo para cidade fica maior; se levar, pode ocasionar um problema na própria cidade que pode não ter os containers adequado e se ficar aqui na ilha pode ter um acúmulo de lixo nos estabelecimentos, atraindo ratos”, complementou o denunciante.

Quando ocorre a coleta, Elias Costa diz que funciona da seguinte forma: na ilha do Combu funciona três vezes por semana, sendo segunda, quarta e sexta. Na ilha Grande é dia de segunda e quinta. Na ilha Murutucu é terça e sexta e na ilha Aurá é dia de quarta-feira.

Em nota enviada à Redação Integrada de O Liberal, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que a prefeitura municipal de Belém já fez o pagamento da empresa responsável. A nota diz, ainda, que o órgão "já tomou providências para que o serviço de coleta de lixo na ilha seja regularizado". "A Sesan informa que o pagamento foi feito ontem (4) e pediu o retorno imediato da coleta", completou o comunicado.  

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