Missa celebrada na sede do Grupo Liberal reflete sobre os deveres dos cristãos como cidadãos
Comunhão também celebrou o Dia Mundial das Missões, data que busca valorizar os missionários e a realização da caridade
Celebrada na sede do Grupo Liberal, neste domingo (22), a missa presidida pelo padre Cláudio Pighin, da Arquidiocese de Belém, abordou sobre a relação dos fiéis com os deveres estabelecidos pelo Estado e governantes. A comunhão é referente ao 29° domingo do tempo comum e celebra o Dia Mundial das Missões, data que busca valorizar os missionários e incentivar o propósito cristão de levar o evangelho e ajudar os mais necessitados. Durante a celebração também ocorreram os ritos iniciais, com cânticos e louvores e a leitura dos livros bíblicos de Isaías e Tessalonicenses.
Na primeira leitura, referente ao livro do profeta Isaías, as escrituras afirmam que não existe outro deus além do Senhor. Na sequência, o padre trouxe a leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses, na qual reforça a esperança em Jesus Cristo e no Espírito Santo. Segundo a carta, é preciso reforçar constantemente a atuação da fé, esforço da caridade e firmeza da esperança.
A homilia trouxe a reflexão sobre como o poder de Deus é atemporal e superior a qualquer poder e condição deste mundo. No evangelho pregado, padre Cláudio fez a leitura do livro de Mateus 22:15, no qual descreve o plano elaborado pelos fariseus para capturar Jesus.
A passagem bíblica conta que os discípulos de Herodes tentaram fazer com que Jesus fizesse alguma declaração contra o império romano e, após uma sequência de elogios, o questionaram se era correto pagar impostos aos governantes. Ao perceber a armadilha, Jesus responde: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
Em paralelo, o padre Cláudio explicou que o Estado e as leis criadas pelos homens podem controlar apenas o aspecto físico do cidadão e, assim como as moedas, possuem apenas um caráter temporário de poder. Por outro lado, somente Deus pode saber o que se passa no íntimo de cada um. “Os reinos são temporais e organizados por meio de leis, e todos os cidadãos se comprometem a seguir”, pontuou Pighin.
O sacerdote também fez uma comparação com a situação atual vivida no Oriente Médio por conta dos conflitos entre o Estado de Israel e o grupo Hamas. Segundo ele, “as guerras acontecem porque as pessoas querem que prevaleça os seus pontos de vista e o seu poder”, declarou.
Além disso, a reflexão também ressaltou que a miséria e os conflitos que a humanidade passam são consequências do distanciamento dos ensinamentos do evangelho. “É um sinal que mostra que nós não estamos vivendo a dimensão de Deus. Estamos confundindo tudo, pois falar de justiça social incomoda”, expôs o padre.
O padre afirmou ainda que o Estado é resultado do povo, desta maneira, se os cidadãos estão sem Deus, as normas e leis também não seguirão os preceitos cristãos.
“O problema é que existe um materialismo generalizado e, portanto, o poder de Deus é colocado no escanteio. Deus entra no espírito, ele entra nas culturas. Podemos criar poderes temporais, estatais, tudo, mas nunca terão a capacidade de ver esta presença de Deus na nossa vida”, concluiu o sacerdote.
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