Média diária de enterros nos lotes adquiridos pela prefeitura em cemitério no Tapanã diminuiu mais de 70% desde abril
Nos meses de pico, total de sepultamentos por dia chegava a 35. Atualmente, ocorrem cerca de 10
Os enterros nos lotes adquiridos pela Prefeitura de Belém no cemitério particular Parque Nazaré têm diminuído. Isso é o que garante a Agência Distrital de Icoaraci, que tem a administração do local, e afirma que, desde o pico do novo coronavírus vivido na capital, entre os meses de maio e abril, o número de enterros no cemitério, em relação às covas adquiridas pela gestão municipal, já diminuiu em mais de 70%.
Antes da pandemia, a média diária de sepultamentos ficava entre sete e dez, segundo a Agência Distrital. Nos meses de abril e maio, esse número chegou a 35 em um único dia. Atualmente, nos primeiros dez dias de junho, a média está entre sete e 11.
Apesar da redução, os primeiros dias de junho de 2020, fazendo uma média, ainda registram mais sepultamentos do que no mesmo mês de 2019. Entre os dias 1º e 08 de junho desse ano, foram 62 sepultamentos no local, cerca de oito por dia. No ano passado, nos 30 dias do mês de junho, foram 144 sepultamentos no cemitério Parque Nazaré, uma média diária de cinco sepultamentos.
Prefeitura já comprou 1000 sepulturas no local
Inicialmente, a prefeitura havia adquirido 200 sepulturas. Logo em seguida comprou mais 112, chegando ao total de 312. Até o dia 20 de maio, todas essas já haviam sido ocupadas e, segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), outras 688 passaram a ser providenciadas, totalizando, assim, mil unidades. A secretaria garante que as 1000 sepulturas já foram garantidas.
Até o momento, de acordo com a Agência Distrital de Icoaraci, das mil unidades adquiridas, 591 já foram utilizadas. O órgão reforça, entretanto, que "quando falamos em sepultamentos, estamos nos referindo a todo tipo de enfermidade" e não somente de Covid-19.
Vale lembrar que a aquisição das sepulturas foi anunciada pelo prefeito Zenaldo Coutinho, em uma transmissão pelas redes sociais digitais (live), no dia 30 de abril, como uma das medidas para enfrentamento das consequências da pandemia. Segundo a gestão municipal, na época do anúncio, tratava-se de uma alternativa para quem não poderia fazer os enterros das vítimas da Covid-19 no cemitério público rotativo Parque Tapanã, que foi fechado, e uma forma de dar resposta frente ao avanço do número de vítimas da doença do coronavírus na capital.
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