Malha cicloviária de Belém recebe ampliação; vídeo
Estão previstas obras de implantação de ciclofaixas e ciclovias em locais de Belém e Mosqueiro
Belém já possui 128.8 quilômetros de ciclovia e ciclofaixa, de acordo com informações da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). Segundo a autarquia, a extensão da malha corresponde a mais da metade da distância entre Belém e Salinas, tendo como referência o km 0 da BR-316. Em 2022, foram acrescidos à malha cicloviária municipal mais 1,1 km da nova ciclofaixa do Portal da Amazônia, no bairro do Jurunas, concluída no mês de julho. Além dos 2,5 Km de malha, na avenida Almirante Tamandaré e Trav. São Francisco, entregues no último dia 29 de maio, totalizando 116,5 km.
A mais recente ciclofaixa entregue já está sendo bastante aproveitada pelo aposentado Raimundo Viana, de 66 anos, morador do bairro do Jurunas. Ele conta que sempre gostou de andar de bicicleta e que vai até o Portal da Amazônia duas vezes ao dia para pedalar. "Isso aqui é muito bom pra gente, uma nova opção para nós ciclistas, trouxe mais segurança pra gente", afirma.
Apesar de ser um espaço destinado aos ciclistas, muitos pedestres também utilizam a ciclofaixa para prática de corrida e caminhada, muitas vezes dificultando a passagem das bicicletas.
Em outros pontos da capital paraense, as ciclovias e ciclofaixas sofrem com a falta da manutenção. O cicloativista José Francisco Ramos afirma que o número total de extensão das ciclofaixas e ciclovias precisam ser revistos.
"Esse número de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas precisa ser severamente criticado. Porque são contadas ciclofaixas que estão totalmente degradadas, já inexistentes. Portanto, é preciso descontar as ciclofaixas do canal da Visconde de Inhaúma do total de 128 km. São 2,9 km (dos dois lados) que não são ciclofaixas na prática. Nem precisariam ser. O ideal para essas vias ao lado do canal é ciclorrota, uma via com limite de 30 km/h e sinalização indicando que o tráfego é preferencial para bicicletas", ressalta.
De acordo com Ramos, as ruas Antônio Barreto e Domingos Marreiros são duas vias que necessitam da instalação de ciclofaixas, mas ainda não receberam a intervenção. "A rede cicloviária de Belém para ser realmente boa teria que ter, talvez, 250 km, pode até ser 400 km. Serviço de sinalização é rotina. Não merece ser divulgado como grande feito. Aliás, a maioria das ciclofaixas de Belém estão precisando de manutenção. Precisam pintura renovada, precisam atenção ao pavimento, que é quase sempre muito irregular (às vezes por culpa dos donos dos lotes, que batem massa de cimento na ciclofaixa e deixam restos que endurecem e se tornam irregularidades. Aliás, quando construíram as paradas de ônibus do BRT na Alte. Barroso fizeram o mesmo. Até hoje há segmentos com resto de cimento há anos."
Em nota, Semob afirmou que trabalha para ampliar a malha cicloviária para as vias mais centrais. Está previsto para este mês de julho, o início do serviço de sinalização dos 4 km de ciclofaixa na avenida 16 de Novembro, em Mosqueiro.
Está prevista também a implantação de ciclofaixas nas seguintes vias: avenida Doutor Freitas entre as avenidas Brigadeiro Protásio de Oliveira e Almirante Barroso; Av. João Paulo II, entre Passagem Mariano e Av. Doutor Freitas; e a ligação das avenidas Pedro Miranda com a Visconde de Souza Franco, por meio da rua Bernal do Couto.
"A malha já existente também passa por revitalização. Em 2021, 5,5 km nas avenidas Pedro Miranda, Visconde de Souza Franco (Doca) e Independência receberam melhorias, com investimento de R$ 233.482,58. Foram concluídos, na semana passada, os trabalhos de revitalização dos 600 metros de ciclofaixa do Complexo Ver-o-Rio. Este ano, já foram revitalizados mais de 13 km de ciclofaixa/ciclovia", informa a nota.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA