Limoeiro do Ajuru, na fronteira do Marajó, registra tromba d´água
Fenômeno, na forma de um pequeno tornado, chegou a ser filmado por moradores
Uma tromba d´água, na forma de um pequeno tornado, no Rio Cupijó foi registrada por moradores de São Sebastião da Boa Vista, no Arquipélago do Marajó, na segunda-feira (24), na área do Município de Limoeiro do Ajuru, na Região Tocantins. Segundo informações, o fenômeno ocorreu bem perto da cidade marajoara e foi filmado por populares na região entre as ilhas Juçara e da Conceição.
A tromba d´água, como informou o meteorologista José Raimundo Souza, do 2º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é formada a partir do encontro de nuvem do tipo cumulonimbus, reunindo corrente de ar úmido que em contato com o ar quente provocado pelo Sol, gera um giro de ventos na vertical em contato com as águas. É um fenômeno não tão comum na beira de rios, mas já foi verificado no Distrito de Outeiro e na Baía do Guajará, por exemplo, nesta época do ano. Em geral, não provoca acidentes, por ser de curta duração. Costumava ocorrer em dezembro, mas, agora, é identificado em janeiro.
Nas imagens captadas por moradores, pode-se ver a força do fenômeno que dura cerca de um minuto. Em uma tromba d´água, a velocidade do vento pode atingir a 50 km/h. O fenômeno toca na água e começa a se desfazer.
Fenômeno
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou que a tromba d’água é um fenômeno muito localizado e de curta duração, o que faz com que as estações meteorológicas não detectem. "Sendo assim, as principais fontes são justamente os vídeos e/ou relatos; a Semas informa também que a tromba d’ água é um fenômeno meteorológico de pequena escala que ocorre em superfícies líquidas, é caracterizado por uma coluna giratória de nuvem com um aspecto funil e está ligada à base de uma nuvem convectiva, as chamadas Cumulonimbus".
Apesar da semelhança, não possui o mesmo poder destrutivo dos tornados, mas pode apresentar riscos à navegação, como repassou a Semas. "Não é tão raro em nossa região, pois existem muitos relatos de ocorrências e também alguns vídeos, geralmente nos períodos de chuva, tanto nas baías do Marajó Guajará, como também na região do Baixo Amazonas", segundo o órgão estadual.
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