Leitores apostam em plano de gestão e limpeza urbana para reduzir alagamentos

Na enquete realizada por O Liberal, as opiniões ficaram divididas em duas alternativas.

O Liberal
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Leitores do portal OLiberal.com tem opinião dividida sobre o que é necessário para prevenir os alagamentos em Belém durante o período chuvoso: 50% optaram por um plano de gestão de riscos para identificar e minimizar os pontos vulneráveis das cidades; enquanto 50% querem melhorar o planejamento urbano com intenso trabalho de remoção de lixo das ruas. A enquete foi iniciada no sábado (4).

Nenhum leitor do portal votou na opção de investir em tecnologias de monitoramento e previsão de chuvas intensas. 

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image Belém tem 50 pontos críticos de alagamentos e especialista aponta alternativa; como evitar? Vote
Com 65 canais e 14 bacias hidrográficas, o município tem pelo menos 50 pontos críticos de alagamentos em períodos de chuvas fortes, segundo dados da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), divulgados em dezembro de 2022

A enquete também foi realizada nas redes sociais de O Liberal. No Instagram, 60% dos seguidores apontaram como solução a intensificação da limpeza urbana; 25% votaram na realização de um plano de gestão de riscos; e 15% defenderam o investimento em tecnologias de monitoramento.

Já no Twitter, a maioria dos seguidores, quase 47%, aposta em ações de prevenção dos alagamentos; 33% na limpeza das ruas; e quase 20% no investimento em tecnologia.

Entenda a relação entre os alagamentos em Belém 

Belém possui pelo menos 50 pontos críticos de alagamentos, segundo informou a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), em dezembro passado. Em recente matéria publica por O Liberal, especialistas da Faculdade de Geografia e Cartografia da Universidade Federal do Pará (UFPA), apontam a ampliação das áreas verdes, a permeabilidade das bacias hidrográficas e o reflorestamento de solos como alternativas para contornar os impactos causados pelas fortes chuvas.

A capital paraense possui 65 canais e 14 bacias hidrográficas. A professora Doutora Luziane Mesquita da Luz afirma que as inundações são causadas pelas ações humanas, como o acúmulo de lixo nos canais e a impermeabilização do solo, porém os fatores físicos ainda são poucos utilizados para a compreensão desse cenário, como a baixa declividade, terrenos planos, canais retificados, falta de arborização e o elevado índice pluviométrico principalmente nos meses de janeiro a maio.

Opiniões

Seria fundamental que a população, antes de culpar ou querer jogar a responsabilidade para o poder público, fizesse a sua parte, não jogando lixo e entulhos nos canais ou nas vias públicas”, comentou o internauta @pereiraaudimar.

A seguidora @ana_maura13 defende que a solução está na educação ambiental: “(Necessário) Intensa campanha sobre educação e consciência ambiental. Porque é muito fácil cobrar do poder público, atribuir a ele a culpa dos alagamentos, quando você tem uma população sem consciência ambiental, que joga todo tipo de material nas ruas, de embalagem de uma balinha a geladeira, sofás e por aí vai”, comentou.

Para @cacilabastos falta punição: “Multar quem jogar lixo nas ruas, nos dias que não tem coleta, pois tem pessoas que colocam o lixo na rua um dia antes do coletor passar”.

@ofirmarcal cobra satisfação dos governantes do povo paraense: “Estamos de olho”, diz.

Enquanto @celsomoraessouza destaca a necessidade de fiscalizar a drenagem das águas pluviais nas construções: “Tem muita construção irregular nas cidades e o poder público não fiscaliza e, quando fiscaliza, pensa na parte financeira”.

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