Justiça Federal decide se mantém prisões da Operação Saldo Zero
Audiência de custódia 5 envolvidos em desvios de verbas de pesquisa na Ufra
Ocorrerá nesta quinta-feira (28), às 16h, na 4ª Vara da Justiça Federal, em Belém, a audiência de custódia dos cinco presos nesta quarta-feira (27), durante a Operação Saldo Zero, que apura indícios de desvios de recursos públicos que deveriam ser usados em pesquisas na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Marcada pela manhã para as 15h, a audiência foi transferida paras as 16h no início da tarde.
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O juiz federal da 4ª Vara, Antonio Carlos Almeida Campelo decidirá, na audiência, se mantém ou não as prisões efetuadas pela Polícia Federal. A audiência ocorrerá no edifício-sede da Justiça Federal, na Domingos Marreiros nº 598, entre Generalíssimo e 14 de Março, onde fica a 4ª Vara.
NA CASA CIVIL
Um dos presos na operação é o atual subchefe da Casa Civil do governo do Estado, Jardel Rodrigues da Silva. Rodrigues foi superintendente regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e é diretor administrativo financeiro da Funpea, desde novembro de 2018.
Jardel Silva foi preso em um apartamento no bairro do Jurunas, na manhã de ontem. Ele e os demais presos na operação, ouvidos ontem pelo delegado da Polícia Federal Bruno Benassuly, foram encaminhados ao sistema prisional.
FORÇA-TAREFA
Desde ontem estão sendo cumpridos sete mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Belém (PA) e Ananindeua (PA). O trabalho é resultado de investigações de uma força-tarefa que conta com a participação de 12 auditores da Constroladoria-Geral da União (CGU), além da Polícia Federal e Ministério Público do Pará (MPPA).
A investigação, iniciada em 2018, teve origem a partir de denúncia da Reitoria da UFRA - que, ao implementar controles internos recomendados pela CGU, identificou fraudes em extratos bancários apresentados pela Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias (Funpea), que administra recursos da pesquisa dirigifos à UFRA.
A organização criminosa, segundo apurou a força-tarefa, é composta por servidores ativos da UFRA, eleitos para cargos de direção da Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias; e por sócios de empresas fornecedoras de bens e serviços; e por funcionários da Funpea. De acordo com as investigações, os recursos eram desviados principalmente pela contratação de empresas ligadas a funcionários da Funpea por meio de licitações direcionadas.
Somente uma das empresas “de fachada”, vinculada a ex-empregados, recebeu pagamentos que totalizam R$ 12.035.399,64 para prestação de serviços de assessoria, porém não comprovados.
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