Jornalistas da TV Liberal lamentam a morte de Cid Moreira e falam do legado dele para a profissão
Apresentadores da emissora paraense destacam a influência de Moreira como símbolo de credibilidade e competência
O jornalista Cid Moreira, que faleceu nesta quinta-feira (3), é considerado um ícone do jornalismo brasileiro e dono de uma das vozes mais marcantes da televisão. Ele deixa um legado imensurável para as novas gerações e também é uma referência para profissionais que já atuam na comunicação. Jornalistas paraenses destacam a influência de Moreira como símbolo de credibilidade e competência, ressaltando que sua trajetória foi fundamental para moldar a carreira de muitos comunicadores.
Cid Moreira impactou especialmente aqueles que ocupam a posição de âncora em telejornais, assim como ele fez ao comandar o Jornal Nacional e o Fantástico. A apresentadora da TV Liberal, Priscilla Castro, ressalta que Cid transformou o jornalismo de uma maneira única: “Cid Moreira construiu uma imagem no telejornalismo com uma voz inigualável, que era a marca dele. E isso garantiu credibilidade em sua carreira e ao JN. Uma referência para quem é da área”, relata.
“Mesmo com o avanço da idade, ele manteve uma voz firme com disciplina e exercícios. Para sempre ele será a cara do JN, pois ajudou a construir o que o telejornal é até hoje. Não tive a oportunidade de conhecê-lo, somente Sérgio Chapelin. Mas nesse encontro, no último dia dele na Globo, foi como se estivesse com todas as grandes referências que tenho desde minha infância. A minha geração cresceu vendo televisão. E o Cid Moreira era a nossa maior referência no telejornalismo”, acrescenta a jornalista.
Lembrança
Também apresentadora e repórter da TV Liberal, Jalília Messias pontua que falar de Cid é lembrar da infância. Para a jornalista, Moreira era “quase uma entidade”. “Eu brinquei muito de dar ‘boa noite’ pra ele, no fim do JN. Cid era dominava a bancada e a nossa atenção, com aquela dicção impecável e voz firme. Eu achava que o Cid nunca ficava nervoso, até que, numa das entrevistas, ele disse que também sentia adrenalina, uma tensão natural. A conexão foi imediata. Cid era gente como a gente”, observa.
“O legado do Cid é de dedicação e paixão pelo jornalismo. Ele foi um dos pioneiros na construção do formato de telejornal que conhecemos hoje, com um estilo que unia formalidade e proximidade. Nunca parou de trabalhar, se adaptou às mudanças, se reinventou, e seguiu em frente. Ele também demonstrava ser um apaixonado pela vida e isso fez toda a diferença na forma como ele conduzia a carreira. Com as redes sociais, a gente passou a conhecer o lado B do Cid”, completa Jalília.
O âncora da TV Liberal, João Jadson, também destaca a importância de Cid para o meio jornalístico. Ele acredita que Moreira, junto com Sérgio Chapelin, inaugurou o que ele chama de “a era da chancela do jornalista forte diante da câmera”, marcando uma nova fase no telejornalismo brasileiro. “Eles criaram essa presença do jornalista forte e firme diante da bancada do principal telejornal do Brasil. A voz do Cid Moreira na rua, as principais notícias ao longo de décadas no nosso país”, pontua.
“E é muito mais do que ter uma boa voz. É saber dar sentido àquilo que você está falando, sentimento e emoção. E nisso o Cid Moreira sempre foi mestre. É um enorme legado que ele deixa para o jornalismo do país. Ele foi a cara do telejornalismo da Globo por muitos anos. Nunca conheci o Cid Moreira, infelizmente. Mas é só fechar os olhos e a gente consegue ouvir aquele timbre de voz que ensinou tanto a gente quanto jornalista de TV”, enfatiza João Jadson.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA