Intercâmbio de corujas entre Mangal das Garças e UFPA reforça conservação da fauna em Belém

Uma das corujas ganhou o nome por uma votação nas redes sociais; confira

O Liberal
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Uma intercâmbio de corujas da espécie murucutu (Pulsatrix perspicillata), entre o Mangal das Garças e o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pará (HV-UFPA) marcou um novo passo em ações de conservação e educação ambiental na capital paraense. Também conhecida como coruja-de-garganta-preta, a ave passou a habitar o parque ambiental, enquanto outra da mesma espécie, batizada de Tapioca por votação popular nas redes sociais, foi encaminhada ao hospital. A iniciativa busca reforçar a reabilitação de animais silvestres e ampliar projetos voltados à preservação da fauna amazônica.

A coruja recebida pelo parque zoobotânico da instituição foi batizada de ‘Iara’. O animal sofreu a amputação de uma das asas em decorrência de um acidente com descarga elétrica. Devido à gravidade da lesão e a perda funcional, sua reintegração ao ambiente natural tornou-se inviável. Agora, sob os cuidados do parque, Iara assume um novo papel: contribuir com os programas de educação ambiental, sensibilizando o público sobre os impactos das atividades humanas na fauna silvestre e a importância da conservação das espécies amazônicas. 

Como parte do intercambio, o Parque encaminhou ao HV-UFPA a corujinha ‘Tapioca’, também da espécie murucututu. Ela foi abandonada nas dependências do Mangal em outubro de 2024 e, desde então, era acompanhada por profissionais. Por apresentar plenas condições físicas e comportamentais, Tapioca será submetida a um processo de reabilitação com treinamento de caça e outras habilidades fundamentais para retorno ao habitat natural.

“A Tapioca foi acolhida e passou pela avaliação clínica inicial feita pela nossa equipe. Ela está sendo submetida a exames complementares de triagem, para que possamos conhecer melhor seu quadro de saúde. Em seguida, ela iniciará as etapas de reabilitação, sempre acompanhada de perto pelos nossos médicos veterinários e biólogos. Estamos empenhados em oferecer o melhor cuidado para que, futuramente, ela tenha a oportunidade de retornar à natureza,” declara Cinthia Távora, técnica veterinária do Setor de Animais Silvestres do HV/UFPA.

Conheça a coruja murucututu 

A murucututu é uma das maiores espécies de coruja da América do Sul, conhecida por seu olhar penetrante e canto grave. Com hábitos noturnos, alimenta-se principalmente de pequenos mamíferos e aves pequenas. Discreta e silenciosa, exerce um papel importante no controle de populações de roedores e insetos, sendo uma grande aliada dos ecossistemas em que vive.

Ação promove educação ambiental

Além da Iara, o Parque possui outras três corujas da espécie murucututu que podem ser vistas durante o funcionamento Mangal, em um recinto feito especialmente feito para elas, o qual fica localizado dentro da Reserva José Márcio Ayres (borboletário). 

De acordo com o médico veterinário do Mangal das Garças, Camilo González, essa ação é essencial para o equilíbrio entre conservação e educação ambiental. “A Iara agora tem um papel fundamental na conscientização da população. Mesmo não podendo mais viver na natureza, ela contribui para que mais pessoas entendam a importância de proteger esses animais. Já a Tapioca é um exemplo de recuperação. Com o treinamento adequado, ela terá a chance de voltar ao seu ambiente natural, o que é sempre o nosso objetivo principal”, explicou.

 

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