Incêndio na Alcindo Cacela: apartamento pega fogo neste domingo, em Belém
Grande quantidade de fumaça sai de dentro do apartamento. Bombeiros foram acionados
Um incêndio foi registrado no Edifício Ernesto Nazareth, no 7º andar, localizado na avenida Alcindo Cacela, entre Conselheiro Furtado e rua dos Mundurucus, no bairro da Cremação, no início da tarde deste domingo (14). A causa do incêndio ainda não foi identificada pelos bombeiros e também não houve vítimas, apenas danos materiais. O fogo ocorreu a cerca de 800 metros do prédio Cristo Rei, onde 13 sacadas caíram no sábado (13).
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As chamas puderam ser vistas da rua e chamaram atenção de quem passava pelo local. O incêndio atraiu atenção de muitos curiosos que passavam em frente ao edifício. A calçada em frente ao prédio chegou a ficar tomada pelos moradores que saíram assustados da construção, ou os que não estavam em casa e chegaram angustiados com receio que o fogo se espalhasse.
Embora os donos do apartamento atingindo não tenham dado muitas informações à portagem de O Liberal por estarem visivelmente “abalados”, um deles informou que estava no andar de baixo, onde a sua mãe mora, e que soube do incêndio porque o filho dormia no apartamento e acordou com o barulho e a fumaça. "Não posso falar nada agora", comentou o homem, identificado como Ricardo.
O síndico do prédio, Henrique Batista, informou que não estava em casa quando o fogo começou. Mas, ao saber do ocorrido, foi prestar solidariedade aos donos do apartamento e satisfações aos outros moradores. Segundo ele, o edifício é antigo, construído no início dos anos 1980 e, por isso, sempre tomou cuidado para que os extintores e a mangueira sempre funcionassem em caso de incêndio.
“Regularmente, há fiscalização dos bombeiros que ocorre de forma anual e o Auto de Vistoria está em diante. Quando cheguei aqui, o fogo não estava na parte da frente, apenas atrás [da residência]. Subi até o quarto andar, mas o cheiro já era muito forte e achei melhor descer”, lembrou o síndico.
Henrique disse ter andado rapidamente pelo 3º andar - quatro abaixo de onde iniciou o incêndio - e, não observou nenhum extintor ou mangueiras mexidos. “Em uma ocasião como essa as pessoas estão mais preocupadas em sair. Realmente é muito difícil subir com o extintor”, complementou o síndico.
Bombeiros
O Major Sandro Tavares, que atua perito de incêndio do Corpo de Bombeiros e inspecionou o apartamento, afirmou que as chamas iniciaram na sala. Mas, ainda não há como saber de que forma começou, pois as perícias ainda serão iniciadas e devem sair nos próximos 30 dias.
“Vamos fazer um levantamento inicial para saber se houve alguma queda de energia e ver as linhas de raciocínio para descobrir a causa do incêndio”, complementou.
O perito esclareceu que somente o apartamento do sétimo andar teria sido atingido pelo fogo. Já o que fica localizado ao lado, foi afetado apenas por fumaça causada pelo incêndio. O Major Sandro garantiu que não foi encontrado nenhum vestígio que o fogo tenha abalado a estrutura do prédio.
“O fogo não pegou todo o imóvel. Foi apenas a sala e parte da cozinha. O apartamento não tem condições de voltar a ser habitado, porque esses dois cômodos estão desconstruídos. Já o quarto, não. O seguro foi acionado e será necessária uma reforma, porque os objetos da sala foram danificados”, esclareceu o perito.
Ele informou que, no momento do incêndio, o filho de Ricardo, dono do apartamento, tentou realizar o combate com o extintor, porém, não teria conseguido por “falta de prática”.
“Foi ele que acionou os outros familiares, que estavam em outro apartamento almoçando em família. Eles tentaram também fazer o combate inicial, mas não obtiveram êxito. A pessoa que estava no apartamento não foi ferida”, afirmou o perito do bombeiros.
Segundo o Major Sandro, um serviço de rescaldo para manter os apartamentos aos arredores resfriados seria feito e, assim que estivesse tudo em ordem, os moradores teriam acesso às suas casas.
Cerca de 20 animais que moravam no prédio foram resgatados
Major Sandro explicou que, inicialmente, o combate foi feito apenas no apartamento para que o fogo não se alastrasse. Quando foi dada “as condições necessárias", os bombeiros começaram a resgatar os animais de estimação dos moradores que evacuaram o prédio no momento do fogo.
Cenas de tutores chorosos e amontoados em frente ao prédio logo nos primeiros minutos do incêndio foram substituídas por sorriso de gratidão e lágrimas de felicidade quando cada bichinho era entregue.
“Foram retirados cerca de 20 animais lá de dentro. Tinha um apartamento no mesmo andar que tinha 10 gatos, e seis foram resgatados, e três ainda vão ser. Os felinos estão meio arredios”, explicou.
Por fim, o Capitão Luedissom, dos Bombeiros, que comandou a missão, informou que não houve vítimas graves e muito menos pessoas que precisaram ser atendidas por conta do susto.
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