Mercado Solidário, iniciativa de igreja evangélica, leva alimento para casa de fiéis

Para participar, é preciso frequentar os cultos e pegar os "judás", moeda interna criada para as famílias levem os alimentos

Elisa Vaz
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Os fiéis que frequentam a igreja Assembleia de Deus QG do JC Campus Marquês têm a oportunidade de participar de um projeto social a cada segundo sábado do mês. Hoje (9), das 8h às 12h, foi realizado mais um Mercado Solidário, ação em que várias prateleiras são ocupadas com alimentos da cesta básica, de primeira necessidade, e os membros da igreja que estão inscritos no projeto podem ir até o templo pegar o que estão precisando. Funciona assim: indo aos cultos e reuniões da igreja, eles acumulam uma unidade da moeda de troca no valor de $ 20, chamada de “judá”, e precisam apresentar essas notas para pegar os alimentos. A maioria dos itens custa $ 5 judás.

Coordenador do Mercado, João Batista explica que o projeto faz parte do Ministério Hope, da QG, que realiza diversas ações solidárias. Para participar da atividade do segundo sábado do mês é preciso frequentar a igreja e fazer um cadastro. Após isso, uma equipe visita o membro em seu endereço para observar a estrutura familiar. “As pessoas cadastradas, ao virem para os cultos e células, recebem um voucher que é como uma moeda, que a gente distribui para eles e, no dia da ação, no segundo sábado de cada mês, vêm aqui para trocar pelos alimentos.Queremos que ela frequente porque não é só dar o alimento, também há o alimento espiritual, para que ela seja uma pessoa transformada, feliz”, comenta.

Inicialmente, os organizadores distribuíam as cestas fechadas, mas perceberam que nem sempre continham o que a pessoa desejava e precisava para aquele momento. O grupo observou que, se fizessem o Mercado Solidário, onde os próprios fiéis poderiam ir até o local e pegar o que precisam, seria mais conveniente. “E graças a Deus muitas vidas estão sendo abençoadas e vemos a alegria deles”, conta. Para João, esta é uma forma de dar dignidade a quem mais precisa. Geralmente, cerca de 100 famílias buscam os alimentos no mês, principalmente ao redor do templo, na Marquês, e bairros próximos. Os itens são arrecadados dentro da igreja.

O pastor Guto Martins, ressalta que, além de dar assistência à comunidade, outra importância é entender que a igreja tem papel fundamental em acolher a comunidade local. “A Bíblia fala: do que vale a fé sem obras? Então, a nossa fé tem que estar atrelada à obra, de modo que aquilo que a gente faz possa materializar a fé que a gente manifesta. O Mercado Solidário vem justamente com esse propósito, de fazer com que as pessoas possam perceber um cuidado de Deus para com elas no mundo físico”, avalia. A ideia, segundo ele, é expandir o projeto, ajudar mais pessoas, em outros bairros, e arrecadar mais alimentos.

Membros da igreja buscam alimentos

Entre os moradores de bairros próximos que foram até a ação estava Antônio José de Souza, de 75 anos, que saiu da Travessa do Chaco, onde mora, e foi andando até a igreja, a mais de 10 quadras de distância, apenas para buscar os alimentos. Ele conta que frequenta o QG ao menos uma vez por semana e sempre participa do Mercado Solidário. “Peguei tudo que tava faltando: arroz, leite, café, açúcar e muito mais. Eu tinha quatro notas de $ 20, ou seja, $ 80 judás. Acho a ação muito importante, tem me ajudando bastante”, comemora.

Já Osmarina dos Santos, de 65 anos, só precisa dar alguns passos para chegar à igreja – ela mora bem em frente, basta atravessar a rua. “Às vezes está chovendo e eu saio correndo”, destaca. Ela é uma frequentadora assídua: conta que, aos domingos, participa dos três cultos que são realizados no templo, e ainda vai em outros dias da semana. Por conta disso, consegue acumular os judás e sempre vai até o Mercado Solidário pegar alimentos. Hoje levou café, açúcar, feijão, azeite e outros itens, que, segundo ela, vão durar um mês, até a próxima ação. “Eu moro sozinha, minha filha na casa da frente e eu atrás. Mas ela diz que eu posso ficar com todos os alimentos, porque tem marido e ele trabalha, aí dura bastante”, diz.

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