Hospital Ophir Loyola completa 108 anos de existência
Na história centenária ganham destaque os avanços em várias especialidades e as homenagens aos profissionais, principalmente aos da linha de frente no combate à Covid-19.
O Hospital Ophir Loyola, em Belém, comemora nesta terça-feira (06) 108 anos de serviços prestados à população do Pará. O Hospital foi fundado em 1912 como Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Pará, uma entidade filantrópica, que mais tarde, em homenagem a seu idealizador, recebeu o nome de Instituto Ophir Loyola.
O Instituto foi se especializando, cada vez mais, em oncologia, integrando os tratamentos clínicos e cirúrgicos, avançando na região como referência em tratamento de câncer e, posteriormente, em neurocirurgia e transplantes. E para celebrar mais de um século de assistência à saúde pública, sobretudo à população carente, a gestão realizou um ato simbólico para marcar a data, com bênçãos e homenagem aos servidores pela dedicação e empenho em salvar vidas, principalmente no cenário da pandemia de Covid-19.
José Roberto Lobato, diretor-geral do Hospital, ressaltou o legado, que ultrapassou as barreiras do tempo, deixado pelo médico Ophir Pinto de Loyola desde 1912. “A história iniciou com assistências às crianças desvalidas, e ocorreu o crescimento da instituição com uma série de fatos históricos que marcaram a saúde no Pará. A criação do Serviço de Radiologia e Radioterapia, a criação da Faculdade de Medicina do Pará dentro do Hospital, do Serviço de Transplante Renal, a implantação do Banco de Olhos e outros fatos importantes, que contribuíram para originar um hospital de grande porte de alta complexidade”, reiterou.
Resultados
O Hospital Ophir Loyola realiza mais de 100 mil atendimentos mensais, totalizando 1,2 milhão atendimentos ao ano. “Esse é o resultado do trabalho desenvolvido por cada profissional de saúde, que se reflete na assistência. Hoje temos 44 consultórios e 236 leitos, sendo 29 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em breve, teremos mais 20 leitos de cuidados intensivos para assistir nossos pacientes oncológicos, nossa maior demanda”, informou.
Por ano são realizados mais de 600 mil exames, 138 mil aplicações de radioterapia, 300 mil consultas, 30 mil diagnósticos por imagem, 26 mil sessões de quimioterapia, 14.500 sessões de hemodiálise, 3.700 cirurgias e 600 atendimentos domiciliares, dentre outros serviços.
Homenagens
Devido à pandemia, poucas pessoas se reuniram para ouvir os pronunciamentos. A psicóloga Rivonilda Graim, o médico Jair Graim e a viúva do urologista Aluízio Gonçalves da Fonseca, Andressa Malcher da Fonseca, deram depoimentos e agradeceram o apoio da gestão durante o enfrentamento da doença – ele foi mais uma vítima do novo coronavírus. Andressa da Fonseca narrou a trajetória do marido, que integrou a primeira equipe de transplante renal em Belém.
Segundo ela, Aluízio da Fonseca amava o que fazia, um apaixonado pela sua especialidade, e compreendia a real importância do médico para a saúde pública. “Tem um momento marcante das chamadas de sobreaviso do transplante. Era Dia dos Pais e festejávamos em casa, com toda a nossa família, essa data tão especial e que ele tanto merecia aplausos pelo dom da paternidade nata, doce, natural e íntegra que ele exercia com todos os filhos, de sangue e de coração. O telefone tocou minutos antes de eu servir a mesa. E ele, com toda a sua alma bondosa, generosa e humana, avisou a todos que iria se ausentar para atender um chamado muito especial: o de salvar algumas vidas!”, recordou.
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