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Homilia: padre Claudio Pighin aborda a verdadeira pureza da pessoa a partir de Deus

Indivíduos devem mergulhar no seu interior para serem mais verdadeiros e amorosos no dia a dia, como pontua o religioso

Eduardo Rocha
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Na Homilia deste final de semana, o padre Claudio Pighin, diretor da Escola de Comunicação Papa Francisco, chama a atenção para a narrativa bíblica acerca do costume do povo judeu de prezar pela pureza exterior, alertando  que, em contraste a essa ação, existe a necessidade de o ser humano zelar prioritariamente pela pureza interior (Marcos 7,1-8, 14-15 e 21-23). Como ressaltou Jesus nos ensinamentos à humanidade, é do coração das pessoas que saem os verdadeiros males, e por isso é fundamental ao ser humano trabalhar valores em si para concretizar um relacionamento mais proveitoso com os outros, a partir da Palavra de Deus.

Jesus manteve uma postura de ensino e advertência a seus interlocutores. Naquele tempo, o povo estava por demais preocupado com a pureza, e as legislações visam purificar as pessoas. No entanto, como frisa o padre Claudio Pighin, "a experiência de Deus e a sua bênção passavam por esse puritanismo. Para se ter uma idea, as pessoas não podiam tocar um pessoa com hanseníase, comer com os publicanos, participar das refeições sem lavar as mãos, tocar o sangue ou o cadáver, entre outras, e depois se colocar perante Deus. Tudo isso tornava impura a pessoa. Assim, quem não respeitasse essas regras, era afastado do convívio da comunidade". Uma pessoa nessa condição vivia isolada. Com o ensino de Jesus, tudo isso muda", destaca o padre Claudio.

Amor e justiça

"Ele nos revela como fazer o encontro com Deus. Diz o evangelista Marcos que os escribas e fariseus fizeram notar a Jesus que os seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras. Essas autoridades eram de Jerusalém e estavam aí para fiscalizar Jesus e os seus discípulos. De fato, devido a convivência com o mestre, os discípulos tiveram a coragem de transgredir as leis impostas pela tradição religiosa, porque compreenderam que essa preocupação com a higiene, por mais importante que fosse, não podia discriminar a pessoa, isto é, as normas e os conselhos que os seres humanos produzem não são garantia de experiência de Deus. Mas essas normas têm que se submeter ao Altíssimo para se purificar", afirma Claudio Pighin.

Sobre a resposta de Jesus perante essa prática religiosa, o padre Claudio pontua que foi severa diante da incoerência dos fariseus. Isso porque eles insistiam nas leis da pureza e esvaziavam os mandamentos de Deus."Eles agindo daquele jeito, observando tantas coisas exteriores, conseguiam esquecer o que mais conta: o amor e a justiça. Jesus se opunha a essa maneira de se preocupar tanto por aquilo que está fora do ser humano, esquecendo-se do interior da pessoa. O mestre quer mostrar para combater o mal temos que procurar onde ele realmente surge, isto é, dentro de nós", enfatiza o padre Claudio. Assim, como diz o religioso, o Cristo ensinou que não é aquilo que entra no ser humano que o contamina, mas o que sai do seu coração. 

 

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