Furto de cobre: 4 quilômetros de cabos foram furtados em Belém desde o ano passado

O furto de cabos de cobre é uma realidade que afeta o sistema de semáforos e radares em Belém e o problema vem crescendo, conforme relata a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob). Dados mostram que 4.125 metros de cabos foram furtados desde o ano passado, sendo 900 deles apenas no período entre 1º de janeiro e 22 de março deste ano.

O crescimento desse número preocupa, pois a Semob afirma que a prática causa prejuízos para a própria sociedade, como os riscos aumentados de acidentes de trânsito, por exemplo. Além disso, os custos com reposição de material poderiam ser investidos de outra forma. Atualmente, a quantidade de cabos furtados só em 2022 soma um prejuízo de mais de R$ 6 mil. Se considerar o volume subtraído desde o ano passado, as contas já passam dos R$ 22 mil.

A Semob destaca ainda os gastos operacionais, com o envio de equipe técnica até o local e a necessidade de compra de novos materiais. Alguns dos componentes do sistema que costumam ser danificados durante os furtos são caros, conforme informa o órgão: a placa eletrônica custa em torno de R$ 3.500, e um controlador normalmente é vendido numa faixa de R$ 14 mil.

Tanto o furto quanto a compra desses cabos é ilegal e deve ser denunciada

A venda do material em cobre, obtido de forma ilegal, é o principal objetivo dos furtos. Em Belém, o quilo do cobre está sendo comprado, em média, por R$ 30, de acordo com o valor repassado por algumas sucatarias contatadas pela reportagem. Segundo a Semob, os bairros com mais ocorrência de furtos de cabos de semáforo são: Sacramenta, Telégrafo, Umarizal e Reduto.

Já no caso de radares, os pontos furtados com mais frequência são os da Avenida Pedro Álvares Cabral com a Passagem Mucajá (sentido bairro/centro), com a Avenida Arthur Bernardes (sentido centro/bairro e bairro/centro) e com a D. Pedro I (sentido centro/bairro e bairro/centro). Os radares da Avenida Senador Lemos com a Dr. Freitas (sentido centro/bairro e bairro/centro) também têm sido alvos.

Mas não apenas o furto dos cabos é ilegal. Comprar o material também implica em penalidades, conforme explica, em nota, a Polícia Civil do Pará (PCPA): “A pena para quem comete o crime de furto qualificado é de 4 a 10 anos. Já para quem compra o produto furtado, a pena varia de 1 a 8 anos”.

A Semob conta que tem feito boletins de ocorrência dos furtos observados em Belém, ficando a cargo da Polícia Civil a investigação para identificar os autores do crime. A PC, por sua vez, informa que tem realizado ações para combater o furto e a venda ilegal de cabos por meio de prisões de autores e receptadores e reitera a importância da formalização da ocorrência nas delegacias ou através do disque-denúncia, 181,  para que os casos sejam devidamente apurados.

Serviço:

Para denunciar:

- Furto de cabos de cobre;

- Compra do material obtido ilegalmente;

Ligar: 181