Fila de caminhões aumenta e trânsito fica lento

Espera na fila, para alguns caminhoneiros, já chega a 24 horas.

Victor Furtado / Redação Integrada de O Liberal
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No segundo dia útil após a queda da ponte sobre o rio Moju, a fila de caminhões nas vias que levam para os portos da avenida Bernardo Sayão aumentou. Na avenida Perimetral, desde a tarde desta segunda-feira, a fila já passava do portão da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O trânsito tem ficado mais lento no sentido Marco - Terra Firme, que agora conta com apenas uma faixa.

Se a lentidão afeta motoristas que costumam circular pela área, mais complicada está a situação dos caminhoneiros. Muita gente sequer dormiu entre segunda e terça, justamente para não perder a vez na fila. Quem conhece os bairros do Guamá e da Terra Firme, também teme pela segurança. Os transportadores estão contando com a solidariedade de moradores para usar o banheiro. E com vendedores ambulantes para se alimentar.

 

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"Cheguei hoje na fila, às 6h desta terça. Em quatro horas esperando, não andei 100 metros. Pelo visto não tenho previsão nenhuma do horário em que vou chegar. Se não tivesse esse problema, amanhã de tarde já estava terminando. Estou preocupado porque, por enquanto, está de dia, mas quando ficar mais tarde, não sei, porque pode ser perigoso", relatou Rogério Rego, que saiu de Marituba em direção a Marabá e Parauapebas.

A espera, para algumas pessoas, chegou a 24 horas na fila para pegar uma balsa. Os caminhoneiros estão preocupados com atrasos, perda de dinheiro, de tempo e do afastamento das famílias. Pela demora para seguir viagem, não se sabe ao certo quanto tempo vai demorar para voltar. Há quem , nesse tempo de espera, já teria concluído as viagens que deveriam fazer. Possivelmente, até começado outras.

"Não tem qualquer estrutura aqui. Eu nem dormi nessa madrugada. Cheguei na fila, às 17h desta segunda, em frente à subestação da Cosanpa. Nesse tempo não andei mais sete quilômetros. Estou levando uma carga de madeira de Santa Bárbara ao porto de Barcarena. Não é prioridade, então passam na frente outras cargas. Já perdi um dia e meio praticamente com uma viagem que eu faria em algumas horas", contou o caminhoneiro Manoel Franciney.

image Agente do Detran e da Semob tentam organizar o fluxo dos veículos e orientar a fila dos caminhões (Fábio Costa / Redação Integrada de O Liberal)

Na Perimetral, partir da rotatória da São Domingos, a lentidão começa a ser mais perceptível. O acesso ao Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, pelo sentido Marco - Terra Firme, está interditado. Próximo ao portão quatro da Universidade Federal do Pará (UFPA), que dá acesso ao hospital universitário Bettina Ferro de Souza, é possível que motoristas e passageiros dos ônibus possam ficar totalmente parados por alguns minutos.

Por conta do espaço reduzido, ciclistas precisam ficar muito atentos. Vários motoristas de carros e motos estão usando a ciclofaixa para tentar vencer a lentidão.

Tanto na Perimetral, quanto na Bernardo Sayão e rua Augusto Correa, há agentes do Detran e da Semob, para tentar ordenar o fluxo de veículos e filas de caminhões. Como disse Manoel Franciney, as cargas mais sensíveis e de primeira necessidade recebem prioridade. A Semob foi contatada para falar sobre os impactos da fila de caminhões na cidade e medidas para ordenamento, mas ainda não se manifestou.

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