Feirantes do Guamá fazem protesto pedindo conclusão das obras do Mercado, em Belém

Os manifestantes interditaram o cruzamento da Avenida José Bonifácio com a Avenida Barão de Igarapé-Miri na manhã desta quinta-feira (10)

O Liberal

Feirantes do bairro do Guamá, em Belém, fazem protesto na manhã desta quinta-feira (10/4) pedindo a conclusão das obras de reforma do mercado. Os manifestantes interditaram o cruzamento da Avenida José Bonifácio com a Avenida Barão de Igarapé-Miri para chamar a atenção do poder público.

Segundo os feirantes, por conta da reforma, eles foram retirados do mercado e colocados em uma feira provisória, que fica aqui na travessa Mucajá, ao lado de onde as obras estão sendo realizadas. No entanto, os trabalhadores relatam que o lugar é precário, tem muitos ratos, insetos e baratas. A situação da estrutura improvisada afasta os clientes e acaba prejudicando os feirantes.

Feirante Telma Chagas, que trabalha na feira do Guamá Feirante Thelma Chagas, que trabalha na feira do Guamá. (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)

Thelma Chagas, que trabalha no mercado há mais de 30 anos, diz que o protesto é pedindo que os feirantes tenham um local adequado para trabalhar. “Eles falaram que essa reforma ia durar seis meses, mas já se arrasta há mais de dois anos e meio. Eu sou do setor de refeição, a gente está aqui (no protesto) porque temos dois equipamentos pra trabalhar. Agora, com a reforma, eles querem dar um equipamento só. Eu trabalho com minha irmã aqui e, se fizerem isso, não vamos ter como vender. Além disso, agora estão tirando a gente do lugar em que sempre ficamos. Reduziram nosso espaço dentro do mercado e querem jogar a gente pra um lugar quente, perto de quem vende frango e do banheiro. Como é que você vai comer perto do fedor de mijo e de outras coisas? Não tem condição”, reclama a feirante.

 

Feira do Guamá. Feira do Guamá. (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)

Segundo Thelma, vários outros feirantes também reclamam da situação da feira improvisada em que estão. Os trabalhadores querem retornar ao mercado o quanto antes. “Nós da refeição somos oito. Fora o pessoal do hortifruti, que tiraram o espaço deles, tiraram o corredor em que eles trabalhavam. É muito trabalhador aqui pra esse estado em que estamos. Fechamos a rua para chamar a atenção das autoridades, pra resolverem nosso local de trabalho. Não dá para continuar assim e aceitar o trabalho nessa situação, fazer do jeito que eles querem. Só quero voltar pro nosso espaço e que devolvam nosso equipamento. Eles prometeram formar e estão fazendo outra coisa, querem fazer tudo do jeito deles. Já fomos lá questionar e um joga a responsabilidade pro outro”, diz a feirante.

Ninguém aguenta mais”, diz feirante conhecido como Baldarath

Os também feirantes Francisco Roberto, mais conhecido como Baldarath, e Santana Pantoja, a dona Irá, também reclamaram da precariedade da feira provisória. “Quando chove, a água entra aqui por baixo. Vira um rio”, disse dona Irá. “Todos os comércios locais estão fechando as portas, porque não tem fluxo de gente (na Mucujás)”, diz Baldarath. “Não passam a pé, não passa de bicicleta e nem de moto. De carro é pior ainda. É uma situação muito difícil. Ninguém aguenta mais”, afirmou. Dona Irá trabalha naquele local há 45 anos e Baldarath, há 30.

Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), informa que a previsão de entrega do mercado do Guamá é para o mês de agosto deste ano. "O motivo de descontentamento, por parte de alguns permissionários da feira, é o espaço destinado a alguns dos equipamentos de venda", afirma.

Nesta sexta-feira, a partir das 14h30, haverá uma reunião no mercado do Guamá, entre a comissão dos permissionários, o secretário da Sedcon, André Cunha, o da Secretaria de Obras e Infraestrutura, Euler Sizo, e o diretor do Departamento de Feiras e Mercados da Sedcon, Neivo Cravo. Durante a reunião, será alinhada a melhor solução para o ordenamento dos espaços de venda, acrescentou a Prefeitura.

Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), informa que a previsão de entrega do mercado do Guamá é para o mês de agosto deste ano. "O motivo de descontentamento, por parte de alguns permissionários da feira, é o espaço destinado a alguns dos equipamentos de venda", afirma.

Nesta sexta-feira, a partir das 14h30, haverá uma reunião no mercado do Guamá, entre a comissão dos permissionários, o secretário da Sedcon, André Cunha, o da Secretaria de Obras e Infraestrutura, Euler Sizo, e o diretor do Departamento de Feiras e Mercados da Sedcon, Neivo Cravo. Durante a reunião, será alinhada a melhor solução para o ordenamento dos espaços de venda, acrescentou a Prefeitura.

Feirantes mostrando o local que trabalham na feira do Guamá. Feirantes mostrando o local que trabalham na feira do Guamá. (Foto: Thiago Gomes /O Liberal)

 

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