Feira de adoção possibilita nova vida a cães e gatos sem tutores
Na manhã deste sábado, órgãos públicos se reuniram para conscientizar sobre importância da adoção
Uma feira de adoção de cães e gatos foi realizada na Praça Brasil na manhã deste sábado (11), iniciativa do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do Centro de Apoio Operacional (CAO) Ambiental, em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Polícia Militar. Um total de 21 animais precisavam de um lar e a organização tinha boas expectativas de que a meta fosse atingida.
Coordenadora do CAO, Albely Lobato explica que esse evento faz parte de uma agenda ambiental do Ministério Público, criada após a assinatura de uma carta de intenções envolvendo a sustentabilidade, em que vários órgãos, incluindo Ministério Público do Trabalho (MPT), Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), se comprometeram a fazer uma gestão ambiental administrativa. A articulação “Sustentabilidade em Rede” para a semana do meio ambiente da Justiça Verde tem o objetivo de estimular e promover o equilíbrio da proteção ambiental com ações integradas. A Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) também fazem parte.
VEJA MAIS
No MP há o Grupo de Trabalho (GT) Animal, que possibilitou a atividade focada no bem-estar animal, em que foram feitas conscientizações sobre o tema, além da feira de adoção e a vacinação antirrábica, com 400 doses disponíveis. “Precisamos conscientizar as pessoas para que elas cuidem bem de seus animais, que precisam de cuidado, atenção e carinho. Há uma grande importância em adotar um animal, hoje como vivemos em uma globalização, temos que pensar em um mundo mais sustentável, e temos que adotar para acabar com essa cultura de comprar animal, você não precisa pagar para dar amor”, enfatiza a coordenadora.
No evento, antes de levar o cão ou o gato, o possível novo tutor precisava passar por um cadastro e responder a algumas perguntas. Fora as ações pontuais realizadas em praças, quem quiser adotar um animal pode se dirigir até a Ufra para fazer o cadastro e assinar um termo de responsabilidade. Eles já são vermifugados, castrados e vacinados, o que ainda cria a vantagem da facilidade. Todos os dias, a adoção também funciona no Centro de Controle de Zoonoses, das 10h30 às 12h e das 13h às 15h. É preciso levar identidade e comprovante de residência. Além disso, a entidade ainda oferece a castração gratuita para quem comprovar baixa renda.
A médica veterinária Noely Lameira, do CCZ, da Prefeitura de Belém, diz que todo mês são realizadas feiras de adoção pelo grupo, mas agora o convite veio pelo Ministério Público. “Trouxemos a nossa feira para as pessoas prestigiarem, levarem alguns animaizinhos e para participarmos desse evento legal, muito grande, e esperamos que todo mundo tenha sucesso, viemos com essa esperança de que as pessoas se sensibilizem com a situação de cada animal. A importância de adotar e não de comprar é porque você dá uma outra oportunidade para esses animaizinhos de terem uma nova vida, uma chance, eles já foram abandonados, foram maltratados e é a oportunidade de terem uma nova vida e um lar feliz”, comenta.
O representante comercial Miguel Reis, de 62 anos, saiu da praça com um novo companheiro: um filhote de cachorro. Antes de pegar o animal adotado precisou preencher um cadastro e ouvir algumas orientações. Ele cresceu no interior, na região de Bragança, e conta que foi acostumado desde cedo a conviver com animais, desde os de estimação até bois, porcos e galinhas. “Tenho um terreno bem grande em Águas Lindas, murado. Tô adotando porque gosto mesmo, e prefiro vira-lata”, afirma.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a existência de mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, entre cães e gatos. A estimativa é de que, em Belém, existam cerca de 200 mil animais, entre cães e gatos. Destes, 40 mil estão abandonados, circulando em vias públicas, feiras, escolas, hospitais e outros locais.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA