Falta de combustível pode ter causado queda de avião de pequeno porte no Bengui
Antes do acidente, piloto entrou em contato com torre de controle para abastecer em Val-de-Cans
A queda de um avião monomotor no bairro do Bengui, em Belém, que resultou na morte do co-piloto e deixou outras duas pessoas feridas pode ter sido causado por falta de combustível na aeronave. O acidente aéreo foi registrado no final da manhã desta quarta-feira (13).
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Causa mais provável do acidente é pane seca
Segundo o coronel Jaime Oliveira, do Corpo de Bombeiros Militar, inicialmente havia a suspeita de uma pane hidráulica no avião de pequeno porte, mas as análises iniciais descartam essa possibilidade. O acidente, portanto, pode ter sido provocado pelo que se chama de "pane seca".
A aeronave deixou o Aeroporto de Belém Brigadeiro Protásio de Oliveira, no bairro da Sacramenta, e o piloto informou a torre de controle de tráfico sobre uma pane hidráulica e que queria pousar no Aeroporto Internacional de Belém Júlio Cezar Ribeiro, no bairro de Val-de-Cans, antes de sumir do radar e só aparecer novamente quando caiu no bairro do Benguí.
"A torre acionou o Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado do Pará (Graesp) e a Infraero, mas a queda foi logo depois. Ele não tinha mais condições de pousar. Não caberia uma pane hidráulica, já que a única estrutura desse tipo na aeronave era o trem de pouso. Possivelmente, teve uma pane seca", disse o coronel.
Indícios apontam que piloto tentava pousar
Segundo o delegado de Polícia Civil, Augusto Damasceno, a hipótese de falta de combustível é a mais forte até o momento, embora a Força Aérea Brasileira e o Instituto Médico Legal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves ainda analisem as circunstâncias do acidente aéreo.
"Em certo momento, o avião começou a voar baixo", relatou o delegado. "Tudo indica que ele (o piloto) procurava um local para descer e abastecer. No momento, aguardamos as perícias para abrir o inquérito que irá apurar as responsabilidades do acidente."
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, foram identificados três vítimas, sendo que duas estavam dentro da aeronave: Bruno Alencar Wachekoswski, 25, piloto que sobreviveu e foi encaminhado em estado grave ao Hospital Metropolitando de Urgência e Emergência, em Ananindeua, e Lucas Ernesto dos Santos, 24, copiloto da aeronave que não sobreviveu ao choque e morreu na hora.
O nome do vigilante não foi confirmado, embora tenha sofrido apenas escoriações sem gravidade.
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