Estudantes de Belém são selecionados para programa da Nasa que identifica asteroides
A iniciativa em participar do projeto veio por meio da disciplina “Projeto de Vida”, ministrada pelo professor Arnaldo Oliveira, no Colégio Gentil Bittencourt
Trazendo a vivência científica para o cotidiano escolar, um grupo de alunos do Colégio Gentil Bittencourt, em Belém, foi selecionado para participar do programa educacional mundial “Caça Asteroides”. Os estudantes terão a oportunidade de aprender na prática a identificar asteroides que, possivelmente, poderiam colidir com a Terra. A iniciativa em participar do projeto veio por meio da disciplina “Projeto de Vida”, ministrada pelo professor Arnaldo Oliveira, que visa auxiliar os estudantes do ensino médio a projetar um futuro profissional mais preparado.
No total, são 9 alunos participantes da iniciativa. O professor acredita que é a única equipe selecionada no Pará. O professor Arnaldo destaca que a iniciativa em participar do programa foi pensando em proporcionar novas práticas aos jovens. “Pensamos ‘por que não gerar ao longo do ensino médio novas experiências?’ Experiências científicas, sociais e acadêmicas aos nossos jovens. Acreditamos que estamos dando um grande passo para a aproximação dos nossos estudantes ao meio científico”, observou Arnaldo.
As atividades do Caça Asteroides são desenvolvidas em conjunto. O professor Arnaldo, líder da equipe, é responsável por treinar os alunos para que possam realizar a observação das imagens espaciais. “As atividades desenvolvidas pelos alunos são de observação de imagens e detecção de asteroides nessas imagens que são recebidas. O objetivo é detectar possíveis asteroides, fazer toda a medição, uma análise dos dados que são mostrados nas imagens e enviar um relatório para o IASC para que possa ser analisado com mais precisão”, detalhou o professor. Ao identificar os asteroides, os alunos ainda podem nomeá-los.
“Esse momento de detecção de poder colocar o asteroide como preliminar dura de dois a três meses e vai acontecendo vários estudos. A gente recebe mensagens por e-mail de como é que está sendo analisado o objeto que nós detectamos”, explicou Arnaldo. O professor garante que os alunos estão bem envolvidos no projeto. “Eles perguntam, eles estão desenvolvendo a sua ‘caçada’ às vezes na sua casa, às vezes a gente marca reunião no colégio”.
Expectativa
Ao longo do projeto, a pretensão do professor é que os alunos se sintam estimulados pela prática científica. “As expectativas para esse projeto é que o aluno se aproxime da pesquisa e que ele desenvolva habilidades de análise, de colaboração, de cooperatividade e que ele sinta que colocou em prática alguns conceitos que possa ter visto nas disciplinas de física, de matemática e que eles se sintam colaborador da ciência”, enfatizou Arnaldo. Com o sucesso ao longo do programa, os alunos ainda podem concorrer a premiações.
"Eu percebo que [o programa] provoca uma nova visão de um novo estilo de carreira. Quando nós, professores, instituição, apresentamos um programa diferente, inovador, percebemos que muitos alunos que, por algum motivo, ainda estão em dúvida do que desejam para desenvolver sua carreira profissinal, começam a olhar essas oportunidades e despertam o interesse por novas áreas", afirmou Arnaldo, lembrando que os alunos receberam a notícia da seleção no programa com muito entusiasmo.
O projeto é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o International Astronomical Search Collaboration (Iasc), departamento que pertence à National Aeronautics and Space Administration (Nasa). A iniciativa conta, ainda, com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT) e Observatório Nacional-ON. O objetivo de popularizar a ciência entre cidadãos voluntários. Este programa é de abrangência nacional e internacional.
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do Núcleo de Atualidades)
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