Estudante de odontologia transforma projeto da faculdade em grupo de assistência a famílias de Belém
O grupo “Adote Um Sorriso” surgiu em 2014, idealizado por Michelly Cunha
Em 2014, durante o segundo semestre da faculdade de odontologia, a jovem Michelly Cunha criou o projeto social “Adote Um Sorriso”. A ideia inicial era realizar o grupo para o trabalho de uma disciplina do curso. A estudante, com o intuito de unir o amor pela profissão ao sonho de ajudar as pessoas, foi além e colocou em prática o ato solidário que já ajudou mais de nove comunidades em Belém.
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Michelly sonhava em unir o curso a ações sociais que promovam o bem estar de pessoas em vulnerabilidade social. Segundo a moça, que atualmente é a presidente do Adote Um Sorriso, o trabalho apresentado na faculdade foi a principal tomada para tornar o seu desejo real.
“Desde que eu tinha 17 anos mais ou menos, em 2012, sempre tive muita vontade de unir a odontologia a essa parte social. Em 2014, no meu segundo semestre de faculdade, na época desse trabalho, eu resolvi escrever e desenvolver, colocar em prática o Adote, que seria um projeto social e de extensão fundado na aula de odontologia”, disse Michelly Cunha.
Atualmente com 157 voluntários, distribuídos entre coordenadores, diretores, presidente, profissionais de variados cursos da área da saúde e estudantes da graduação, a instituição social é dividida em três vertentes: comunidade, Amazônia e Hospitalar, oferecendo variados auxílios à população.
“A intenção é relacionar a odontologia a outras áreas da saúde, da educação, jurídicas, para oferecer tratamento, prevenção, auxílio integral para crianças de bairros periféricos da região metropolitana de Belém”, explica a jovem.
Conheça o projeto
Cada uma destas vertentes possui o seu objetivo específico, mas, no geral, todas se relacionam por meio de um desejo em comum: melhorar, de alguma maneira, a vida de uma pessoa.
Nas vertentes direcionadas à comunidade e a Amazônia, os profissionais do projeto realizam um dia de lazer entre os moradores do local, na região metropolitana de Belém e em comunidades ribeirinhas. Em seguida, é feita uma ação de cadastro para saber a quantidade de famílias existentes no local e descobrir quais os principais problemas que esta população enfrenta no momento.
“Levamos assistência bucal, realizamos brincadeiras com as crianças. Com os pais, fazemos rodas de conversa sobre orientação farmacêutica, orientação pedagógica. Fazemos uma ação final em que conseguimos locais para estas pessoas passarem por atendimentos mais especializados. Além desses serviços, nós levamos brinquedos e cestas básicas que são doadas e entregamos na última ação de cada semestre”, explica Kamila Leal, diretora executiva do projeto.
Além destas áreas, há também o “Adote Hospitalar”, criado para alegrar o dia a dia de crianças que estejam passando pelo processo de quimioterapia. Cada ação é realizada em um hospital diferente, onde os membros levam músicas, brincadeiras, se fantasiam de super-heróis, em um dia de lazer ao lado destes pequenos.
Para Kamila Leal, diretora executiva e integrante do Adote desde 2018, o grupo social mudou sua forma de ver o mundo. “Nós levamos acolhimento para aquelas comunidades e damos essa assistência. Nós basicamente fazemos o que o nome quer dizer, que é adotar. A gente adota sorrisos, faz as pessoas sorrirem e a gente se transforma.”
(Estagiária Juliana Maia, sob supervisão da editora de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)
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