Em Belém, adeptos de Reik mostram como essa técnica japonesa garante harmonia
Especialistas explicam que a terapia complementar promove bem-estar ao corpo, à mente e ao espírito, utilizando a imposição das mãos para canalizar energia vital e promover a cura natural ao alinhar os "chakras"
Em meio à correria e ao estresse do dia a dia, muitas pessoas buscam maneiras para encontrar calmaria, equilíbrio e manter uma rotina harmoniosa. Uma das práticas que tem ganhado destaque nesse cenário é o Reiki, uma técnica japonesa de cura energética - criada por Mikao Usui em 1922 - que promove bem-estar ao corpo, à mente e ao espírito, utilizando a imposição das mãos para canalizar energia vital e promover a cura natural ao alinhar os "chakras" do corpo, como apontam especialistas. Em Belém, diversas pessoas encontram nessa terapia complementar uma forma de buscar autoconhecimento e relaxamento.
Josyane Garcês, terapeuta integrativa, explica que, no Brasil, o método também é reconhecido no Sistema Único de Saúde (SUS) como prática complementar a outros tratamentos. Durante as sessões de reiki, a técnica busca, por meio da canalização da energia universal que flui pelo corpo, “limpar” e “desbloquear” o corpo de qualquer vibração negativa que o impeça de funcionar de forma equilibrada - causando, assim, problemas como dores físicas, estresse, entre outras adversidades. Somente com o alinhamento dos chakras, segundo frisa a especialista, que se pode alcançar essa plenitude.
“O reiki é a energia do universo que chega através do terapeuta, sendo um canal até alcançar o cliente. E é indicado para [alcançar] o equilíbrio e a restauração da saúde energética. Nós temos nossos corpos físico, mental, espiritual e emocional. E, durante as nossas atividades cotidianas, eles podem entrar em desarmonia, conflitos e desafios. Às vezes não conseguimos gerenciar esses conflitos na nossa vida. E isso causa alteração nos nossos pontos de energia, os chakras [centros energéticos localizados ao longo da coluna vertebral]”, afirma Josyane.
Benefícios
A terapia é indicada, explica a terapeuta, para pessoas de todas as idades, e pode ser realizada cerca de uma vez por semana, a cada quinze dias ou de acordo com a necessidade de cada pessoa. Isso porque o método pode complementar todos os tipos de tratamentos e terapias - até mesmo da medicina. “O reiki tem muito a ver com a felicidade. Cada sessão podemos alinhar e sentir essa leveza. Então, essa pessoa deitada na máquina, temos pontos onde vamos atuar: cabeça, tronco e membros. Podemos nos utilizar de todos os pontos ou também podemos concentrar [em um]. Como se trata de uma terapia energética, podemos sentir”, detalha.
“A gente faz no cliente um escaneamento com as mãos. As sessões duram uma hora e uma hora e meia. Os benefícios para quem recebe é o alívio do estresse, tem uma percepção de uma plenitude. As pessoas que sempre reclamam que não dormem bem, depois do reiki, passam a dormir melhor. Nos relacionamentos, vemos a compreensão. Aquilo que eu não tenho poder de mudar eu acolho e aceito”, destaca Josyane sobre a melhoria na qualidade de vida com o reiki.
Ela ainda pontua, sobre os demais problemas que a prática japonesa ajuda a tratar: “Os benefícios também estão sobre a percepção sobre aquilo que faz bem, como alimentação, a questão da hidratação e, principalmente, nas relações interpessoais”. Durante as sessões, os especialistas usam cristais para canalizar e potencializar as energias, inclusive algumas com cores dos chakras. Além disso, em práticas mais avançadas, o reiki também pode ser feito a distância, no caso da terapia ser conduzida por terapeutas mais experientes.
Bem-estar
Quem sentiu uma melhoria na qualidade de vida após começar as sessões de reiki foi a professora universitária Magda Costa, que iniciou a terapia para tratar a ansiedade — como reforço ao tratamento psicoterapêutico tradicional. “Eu sentia necessidade de cuidar da ansiedade, que, em determinado momento, começou a trazer algumas dificuldades nos meus relacionamentos pessoais e nas minhas tarefas profissionais. Quando chego aqui [nas sessões], descubro em mim uma série de possibilidades”, relata.
“Não só para tratar a ansiedade, mas também para o meu autoconhecimento. Com as dificuldades pelas quais passei há mais ou menos um ano, senti essa necessidade [de realizar a terapia japonesa]. E, como sempre fui muito afeita às terapias integrativas e a acreditar na energia de cada pessoa, resolvi fazer essa busca. Hoje sou uma outra pessoa, até porque me conheço melhor. É um processo longo, demorado e desafiador, mas é importante termos consciência do que está acontecendo conosco”, enfatiza Magda.
O mesmo sentimento de paz e harmonia a partir do reiki é compartilhado pela terapeuta integrativa reikiana Fernanda Nascimento, que buscou na prática uma melhoria para a saúde. Atualmente, é ela quem realiza as sessões para quem busca ajuda. “Eu descobri o reiki buscando a minha melhora psicológica e emocional. A minha psicóloga também disse que seria bom procurar outra alternativa. Recebi o reiki pela primeira vez, e ele nos traz entendimento. Hoje, sou uma pessoa muito diferente do que era antes”, comenta ela.
Entenda o que é e a origem do reiki em 3 pontos
O que é reiki: Reiki é uma prática terapêutica de origem japonesa que utiliza a imposição das mãos para canalizar energia vital e promover equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual. É uma forma de medicina complementar que visa reduzir o estresse, aliviar dores e aumentar o bem-estar geral.
Origem do reiki: O Reiki foi desenvolvido no início do século XX pelo japonês Mikao Usui, após uma experiência espiritual em 1922 no Monte Kurama, perto de Kyoto, no Japão. Ele fundamentou o Reiki com base em práticas de meditação e técnicas de cura tradicionais.
Como o reiki é praticado: Durante uma sessão de Reiki, o praticante coloca suas mãos suavemente ou levemente afastadas sobre o corpo do receptor, com a intenção de transmitir energia. A prática é baseada na crença de que essa energia universal pode ajudar a equilibrar o corpo e a mente, promovendo a cura natural.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA