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Dia Nacional do Ciclista: Belém tem 163,54 km de malha cicloviária e planeja ampliação

Capital paraense está entre as dez capitais com maior malha no país, mas ciclistas querem novos espaços na cidade

Eduardo Rocha

O Dia Nacional do Ciclista, a transcorrer nesta segunda-feira (19), traz à tona o debate sobre o que cada uma das partes envolvidas no trânsito de Belém (PA) pode fazer para aperfeiçoar o tráfego desse tipo de veículo no município que já conta, até julho de 2024, com 163,54 km de malha cicloviária. Esse levantamento foi feito pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob),  repassando que a Prefeitura de Belém vem investindo na ampliação dessa malha, objetivando maior segurança ao ciclista, e promovendo a interligação das faixas exclusivas.

"Nesta gestão, já houve um incremento de 50,45 km de malha cicloviária (ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota), totalizando, até julho de 2024, 163,54 km de malha. Com essa extensão, Belém está entre as 10 capitais com maior malha cicloviária do país, segundo a Aliança Bike – Associação Brasileira do Setor de Bicicletas", comunica a Prefeitura Municipal.

A Semob informa que mantém fiscalização regular com agentes de trânsito em rondas diárias na cidade, principalmente nos corredores com faixas exclusivas para ciclista, além de blitz com o apoio do guincho e da fiscalização eletrônica, com radares e câmeras de videomonitoramento, para coibir infrações de trânsito na cidade e garantir a segurança viária. Mediante flagrante de infração de trânsito, os agentes da Semob aplicam a devida autuação.

Ações de educação para o trânsito também são desenvolvidas pela Semob,  com o intuito de "diminuir a ocorrência de sinistros, envolvendo ciclistas e a todos no trânsito: ciclista, pedestre, motociclista e os condutores em geral, bem como, direcionadas aos estudantes de escolas da rede pública e privada.

Os agentes de educação para o trânsito, como repassa a Semob, orientam sobre uso de roupas claras, refletivas ou chamativas, para que o ciclista seja visto pelos condutores, e sinalizar sempre com a mão a direção para onde irá virar. "É importante também, o uso de itens de segurança como capacete, óculos ou viseira, joelheira e cotoveleira, pois protegem em casos de sinistros de trânsito. Os ciclistas também são orientados, por questão de segurança, a usar as ciclofaixas, ciclovias e ciclorrotas. Na ausência desses espaços, é importante trafegar pelo acostamento e sempre pedalar na mão da via", conclui a Superintendência.

De bicicleta

Ciclistas que circulam em Belém observam que muitos motociclistas e condutores de carros acabam não respeitando o direito deles de circular na ciclofaixas. Desse modo, apesar de a capital paraense já ter avançado em sua malha viária, os ciclistas apontam a necessidade de mais ciclovias e ciclofaixas na cidade.

Carlos Marinho, 45 anos, motorista de carreta e morador do bairro da Pedreira, é ciclista desde quando se tornou maior de idade, como disse. "No momento, eu uso a bicicleta só para o esporte, para manter o condicionamento físico, a saúde, mas quando a gente precisa, em outras horas, usa a bicicleta. A gente não indo de bicicleta para o trabalho, porque o condutor de moto quer estar usando a faixa do ciclista, eles não respeitam, né?". Carlos costuma pedalar por esporte em três vezes por semana, por uma hora. 

image Carlos Marinho: falta respeito aos ciclistas nas ciclofaixas (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

Ele considera que andar de bicicleta contribui para a saúde da pessoa e também para se fazer uma economia no transporte. "Mas, motoqueiro e condutor de veículo não respeitam a faixa dos ciclistas, infelizmente", diz. Ainda nesse domingo (18), Carlos andava de bicicleta com amigos na avenida João Paulo II. 

Na Duque 

A ciclovia da avenida Duque de Caxias, no bairro do Marco, é o destino de José Ribamar Gonçalves, de 77 anos, quase todos os dias. Ele mora no bairro vizinho ao local, a Pedreira, e conta que parou de dirigir carro há quatro anos. Desde então, não abre mão da sua bike. 

image José Ribamar: pedalar somente em ciclovias, como a na avenida Duque de Caxias (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

"Eu gosto de pedalar, mas só ando de biclieta nesta ciclovia aqui, por que tenho medo de estar na ciclofaixa, na rua. Não há respeito pelo ciclista na ciclofaixa", ressalta. No domingo (18), José Ribamar pedalava na ciclovia da Duque. Ele diz que faz seis voltas no local.

 

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