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Dia Mundial de Prevenção ao AVC: veja os sinais de alerta para o Acidente Vascular Cerebral

Data é celebrada nesta terça, 29 de outubro, e objetiva divulgar socorro rápido; a doença é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil

O Liberal

No Dia Mundial de Prevenção ao Acidente Vascular Cerebral (AVC ou derrame), nesta terça-feira (29/10), um alerta: essa é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil e o principal agente de incapacidade no mundo. E, com o risco global de AVC ou derrame ao longo da vida de 1 em 4 pessoas, a ampla conscientização do público sobre os sintomas é fundamental para o esforço de salvar 5,5 milhões de vidas e melhorar os resultados para os 9 milhões de pessoas que sobrevivem ao derrame a cada ano.

O Pará é campeão de internações por AVC, com mais de 60% dos casos registrados na região Norte. De acordo a Secretaria de Saúde do Pará, foram registradas mais de 3 mil internações por AVC em 2023. O neurologista Antônio de Matos, de Belém, explica que existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que ocorre quando há o entupimento de vasos sanguíneos em alguma área do cérebro; e o hemorrágico, quando um vaso intracraniano rompe.

Sinais de alerta

Os sinais de alerta mais comuns são fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou da compreensão; alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar; tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

“O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial. Em seguida, vem arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Outros fatores estão relacionados à idade, raça e herança genética”, afirmou o médico. Existem algumas ações que ajudam a despistar se está na presença de um AVC: peça à pessoa para sorrir. Se notar assimetria da face - ou seja, se o sorriso for só de um lado -, pode ser sinal de que o outro lado da cara está paralisado; Peça para levantar os braços. Se tiver sofrido um AVC a pessoa poderá só conseguir levantar um dos membros.

A recomendação é falar com a pessoa. Observar se fala com clareza. Pedir a ela para repetir uma frase. Se a pessoa tiver dificuldade em falar ou se as respostas forem incoerentes pode ter tido um AVC. Esse é um dos sinais mais comuns. Caso verifique algum dos sinais acima descritos, registre a hora e ligue imediatamente para a emergência.

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O AVC Isquêmico ocorre quando há uma obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região. O acidente vascular isquêmico é responsável por 85% dos casos de acidente vascular cerebral. Já o AVC Hemorrágico acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial.

Em qualquer dos casos, o cérebro vê-se impedido de receber nutrientes e oxigênio, entrando as suas células em necrose ou morte do tecido cerebral. No caso do AVC isquêmico, existem tratamentos que podem ser eficazes se administrados até quatro horas e meia após o aparecimento dos sintomas. Por outro lado, em caso de AVC hemorrágico, pode ser necessário proceder a uma intervenção cirúrgica urgente.

Outros sinais e sintomas:

Alteração da visão; dificuldade em andar, tonturas ou perda de equilíbrio; dor de cabeça de grande intensidade e sem causa aparente; sensação de náusea e vômitos durante alguns minutos ou horas; breve período de irresponsividade, desmaios, convulsão ou coma.

Como diminuir o risco de ter um AVC?

O neurologista Antônio de Matos afirmou que praticar atividade física pelo menos 4 a 5 vezes por semana, por 30 a 40 minutos cada vez, é essencial. “Pode fazer a atividade física que você mais gostar. O importante é se mexer”, afirmou. Também é importante fazer visitas periódicas ao clínico geral, para ter certeza de que sua pressão arterial, seu açúcar no sangue e seu colesterol estão em níveis adequados.

Se houver qualquer alteração nesses níveis, não se desespere, explicou. O importante é fazer uso das medicações orientadas pelo seu médico, e fazer visitas periódicas a ele, para ter certeza de que está tudo bem. Pare de fumar e evite o consumo de bebidas alcoólicas em dose excessiva. Evite o estresse, busque sempre o bem-estar mental. Mantenha uma dieta bem balanceada. E se estiver acima do peso, inicie uma dieta para emagrecer.

Belém