Dia do Sexo é um convite para ampliar o debate sobre educação sexual
Segundo a sexóloga Mônica Moura, a prática pode ser interpretada de várias maneiras e, inclusive, ser cercada de tabus
Quando o assunto é sexo sempre surgem muitas dúvidas, mitos e inverdades que tornam a questão controversa e cheio de tabus. Em geral, o tema figura como algo que não deve ser tocado, enquanto especialista afirma que falar sobre sexo é fundamental para a educação da população.
“O sexo tem vários olhares, a gente pode entender o sexo como o ato sexual, algumas pessoas podem erroneamente encarar o sexo como a sexualidade. Eu acredito que todos os conceitos e todas as nuances que envolvem essas quatro letras estão ainda por serem entendidas e decifradas. Acaba sendo ainda um tema tabu e muito divergente”, afirma a sexóloga Mônica Moura.
Na avaliação da especialista em sexo, o olhar deturpado e incompleto sobre o quão grande e importante é falar sobre sexo acaba sendo gerado pela falta de informação. “Temos uma sociedade que tem a imagem de que faz muito sexo, que tem o carnaval, o futebol e a ideia que aqui a gente prática o sexo de uma forma livre. Ao mesmo tempo que nós somos uma país com muitos pudores e muita falta de educação sexual. É aqui que mora o nosso problema. Hoje o sexo ainda é mal-educado e essa má educação sexual que a gente tem nos deixa nesse estado de não saber lidar com as questões sexuais”, destaca Moura.
Mônica Moura ainda ressalta que “a educação sexual é imprescindível para o ser humano em todas as etapas da vida porque o meu entendimento sobre sexo vai refletir nas minhas relações familiares, de trabalho e amorosas.”
Mesmo que no calendário exista um dia dedicado ao sexo, dia 6 de setembro, homens e mulheres ainda se veem presos as amarras dos tabus que geram falta de informação e atrapalham até mesmo o ato sexual.
Contudo, Mônica Moura reforça que a melhor forma de se desprender dessas amarras sexuais é buscando conhecer melhor o próprio prazer. “Quando a gente começa a entender como o nosso corpo funciona a gente vai ajudar o nosso parceiro a fazer exatamente do jeito que a gente gosta. O problema é que a maioria de nós não sabe o que gosta porque a gente tem medo, tem vergonha, tem o tabu de tocar no próprio corpo, mas se a gente quer ser feliz de verdade tem que vencer esse tabu e explorar sozinho. A vida fica mais leve, muito mais prazerosa e sem amarras nenhuma na hora do sexo”, acrescenta.
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