Dia do Combate à Poluição: áreas verdes em Belém ajudam a prevenir a degradação ambiental

Em pleno ambiente urbano, o Jardim Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, é um dos espaços de área verde e ar puro na capital paraense, representando um símbolo para repelir os agentes poluentes

Gabriel Pires

O Dia do Combate à Poluição, lembrado nesta quarta-feira (14), é uma data importante que visa aumentar a conscientização sobre os impactos dessa degeneração no meio ambiente e na saúde humana. Em Belém, em pleno ambiente urbano, o Jardim Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, é um dos espaços de área verde e ar puro na capital paraense, representando um símbolo para repelir os agentes poluentes.

Diretor do Departamento de Gestão de Áreas Especiais, Alexandre Mesquita, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), destaca que o Bosque Rodrigues Alves tem uma importância para o espaço urbano, pois promover um equilibrio ao ecossistema da cidade “Hoje, o Bosque tem uma área de 150 mil metros quadrados de floresta primária, que está dentro de uma capital, onde temos uma ‘floresta de pedra’, com vários prédios. E dentro do Bosque, essa área oferece um sistema de ecosserviço para Belém”, afirma. 

image Bosque Rodrigues Alves tem extensa área verde preservada, que ajuda a conter a poluição (Foto: Carmem Helena | O Liberal)

“É importante frisar que o Bosque tem um papel de captação de gás carbônico. A gente tem uma cidade que tem muitos carros e com poluição atmosférica e o Bosque faz esse papel de captar e ser um filtro para esse gás. E fazendo com que se possa liberar o oxigênio [para o meio ambiente]. Por isso, é muito importante que as cidades tenham áreas verdes, porque tem essa função dessa captação e evitar que a radiação incida diretamente sobre o solo”, reforça o diretor.

image Diretor do Departamento de Gestão de Áreas Especiais, Alexandre Mesquita (Foto: Carmem Helena | O Liberal)

Mesquita também enfatiza que, com toda a área arborizada do espaço, é possível se ter um equilíbrio térmico no entorno dessa área. “Com isso, conseguimos regular a questão da circulação do ar e até mesmo das mudanças climáticas que podem acontecer em Belém. E isso aqui vai evitar também, porque traz uma regulação do microclima. Teoricamente, estamos sendo protegidos pela nossa floresta. E o Bosque, hoje, tem essa importância por estar no centro da nossa cidade”, frisa Alexandre.

Futuras gerações

O gestor da Semma também lembra que a preservação desse “oásis verde”, como ele define o Bosque, é importante para a vida das futuras gerações. “O Bosque comemora no dia 25 agosto 141 anos de uma área milenar que está sendo preservada. A floresta aqui se mantém muito dinâmica. Uma árvore cai, outra já está nascendo e isso vai prospectar para a vida toda. A preservação desse local pelo poder público e pela população é muito importante para garantir esse futuro para a gente”, conta.  

COP-30
Às vésperas da COP-30, que será realizada em novembro de 2025, na capital paraense, Alexandre pontua que a cidade pode ser referência mundial nesse cuidado ambiental: “O Bosque pode ser uma referência para o mundo. Em nenhum lugar no mundo se tem uma área grande de floresta primária preservada. E a gente está vendo a floresta amazônica dentro da cidade de Belém. Quando os turistas entrarem aqui, eles verão um pedaço da Amazônia preservado. Temos mais de 15 mil árvores da flora”.

Cuidado

O motorista Adriano Silva, de 36 anos, considera que o Bosque Rodrigues é um dos locais de Belém que encantam por ter esse papel de ajudar a repelir a poluição. Ele, que visitou o espaço pela primeira vez nesta terça-feira (13), disse que o ambiente é importante para a cidade. “Isso daqui, se preservar bastante, fica para os filhos dos nossos filhos. Isso aqui também é uma atração diferente das outras”, diz.

image Adriano Silva: motorista visitou o Bosque pela primeira vez e se encantou pelo local (Foto: Carmem Helena | O Liberal)

Adriano, que acompanhava o passeio junto da esposa, relata que o local é um atrativo na capital. E para ele, a visita também foi uma novidade. Ele conta que, assim como outros espaços de área verde no Pará, o Bosque também é muito importante. “Foi minha primeira vez aqui no Bosque. Nunca tinha vindo. A gente está gostando de conhecer um pouquinho do lugar. Pelo que eu vi, é bastante limpo”, finaliza Adriano.

Ações

A Prefeitura Municipal de Belém informou, por meio de nota, que desenvolve ações de combate à poluição do meio ambiente na capital e distritos. No último dia 8 de agosto foi instalado em Belém o Comitê Permanente de Combate a Crimes Ambientais e Descarte Irregular de Lixo na cidade, por meio do Programa Fiscaliza Belém. O comitê é composto por agentes das secretarias municipais de Urbanismo (Seurb), Saúde (Sesma), Meio Ambiente (Semma) e Saneamento (Sesan), Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Guarda Municipal e agências distritais. 

O Programa Fiscaliza Belém utiliza a sala de videomonitoramento da GMB - com 60 câmeras e funcionamento 24 horas por dia -, tendo por objetivo: fiscalização e combate do descarte irregular de resíduos; educação ambiental; atenção social para as pessoas socialmente desfavoráveis, através dos programas sociais públicos. E, assim, conter e evitar a poluição das águas, rios e igarapés, além do ar e do solo. Nesta terça-feira (13), foi intensificado o combate ao descarte irregular de lixo.

Também são desenvolvidos, segundo a prefeitura, “programas de educação ambiental também nos programas da Fundação Escola Bosque (Funbosque), tanto para a comunidade escolar, quanto para a população da ilha de Outeiro, como programas de reflorestamento; hortas comunitárias; orientação à reciclagem e coleta seletiva, entre outros”. Também no Programa da Bacia da Estrada Nova (Promaben) são feitas ações de educação ambiental às famílias dos bairros afetados pelas obras.

A Semma também tem o papel de fiscalizar e punir os crimes de poluição ambiental. A prevenção se estabelece no processo de licenciamento, quando as condicionantes e definição de métodos operacionais de cada empreendimento são definidos exatamente para evitar agressão ao meio ambiente. A secretaria desenvolve campanhas de prevenção à poluição ambiental e poluição sonora, por meio do Departamento de Educação Ambiental, não só em Belém como nas Ilhas que recebem visitantes, como Combu, Cotijuba e outras.

Lei

A poluição é definida pela Lei nº 6938/81 como “a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos”.

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